Sou uma política de formação e prática liberal e defendo que as melhores soluções sempre são fruto do diálogo. Os extremismos, como a história exemplifica com maestria, nunca levaram a bons caminhos. Ser liberal não é ser “centrista” ou “isento”, mas é pensar em soluções para as pessoas e repudiar toda forma de totalitarismo.
Nos últimos dias, a política de Minas Gerais reafirmou essa convicção na saída pelo equilíbrio e diálogo. Um exemplo disso é o acordo entre os governos de Minas e do Espírito Santo em torno de um plano de investimento que beneficiará os dois Estados.
Romeu Zema é meu colega de Partido Novo, que comunga comigo dos ideias liberais. Renato Casagrande, o governador do Espírito Santo, é do PSB, partido à esquerda. Mas as diferenças ideológicas não impediram que os dois dialogassem e chegassem a um acordo promissor, que renderá frutos para as populações dos dois Estados.
O pacto do plano estratégico MG-ES, assinado na última segunda-feira (17), conta com a participação das bancadas de deputados e senadores e das federações das indústrias dos dois estados. Há a previsão de investimentos de até R$ 56,5 bilhões nos próximos três anos.
O principal foco do plano é o aumento de infraestrutura e logística para o escoamento de mercadorias com a duplicação das BRs 381 e 262, e com a construção de um porto em Vitória (ES). A ferrovia Vitória/Minas também pode e deve ser ampliada e revitalizada.
Outro ponto importante é o convênio para a indústria de rochas ornamentais, que são extraídas das duas regiões mais carentes de Minas, os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, e beneficiadas no Espírito Santo. Trata-se de um projeto para desenvolver a exploração e indústria mineira gerando ganhos para os dois Estados
Esse pacto entre os dois governos é um exemplo da boa política, na qual diálogo, tolerância e os bons resultados para a população estão acima das disputas partidárias.