Bloco Angola Janga abrilhanta Carnaval de BH neste domingo

Angola Janga desfila neste domingo
Nereu Jr./Divulgação/Angola Janga

Lá estão eles diante do trio: os bailarinos e bailarinas saltitam de um lado para o outro. Trajados com roupas da cultura afro, eles são os responsáveis por guiar o bloco Angola Janga – um dos mais famosos do Carnaval de Belo Horizonte. O cortejo do grupo ocorre neste domingo (23), a partir das 13h. A concentração tem como palco a rua São Paulo, no Centro da capital.

Fundadora do Angola Janga, Nayara Garafalo relata que a existência de blocos afros faz com que o negro não seja somente segurador de cordas ou vendedor de latinhas, tornando-se parte integrante e protagonista da festa. Nos últimos cinco anos, parte dos blocos afros de BH tem trabalhado de forma associada. O objetivo: maior visibilidade.

Intitulada Associação dos Blocos Afros de Minas Gerais, a Abafro foi criada, inicialmente, por sete blocos: Brejo Louco; Fala Tambor; Samba da Meia Noite; Magia Negra; Afoxé Bandarere; Oficina Tambolele além do Angola Janga. Atualmente são doze os blocos que fazem parte do movimento. Outros ainda podem entrar, afirma Agnaldo Muller, o presidente da associação.

Segundo os organizadores, a Abrafo é responsável por retomar espaços que um dia já foi do povo negro. Nayara conta que historicamente a abertura do Carnaval é um rito litúrgico feito pelos blocos Afros. “É assim em Salvador ou em qualquer outra cidade com tradição carnavalesca”, diz. “Em Belo Horizonte não era assim, mas por meio da associação conseguimos esse espaço”, explica.

Intitulada Kandandu, que significa abraço na língua africana kimbundu, a abertura do Carnaval em BH, nos dias 21 e 22 de fevereiro, contou com extensa programação com blocos afro em um palco na Praça da Estação.

Festa cada dia maior

Os Blocos afros, a cada ano, reúnem milhares de foliões. A expectativa neste ano é de que esses blocos arrastem mais de 300 mil pessoas pelas ruas da capital. Haverá músicas para todos os gostos: samba, axé, Jazz, Blues, MPB e samba de roda, entre outros.

Além da festa

A associação, além de dar apoio aos blocos durante o período carnavalesco, desenvolve atividades ao longo de todo o ano, como cursos pré-vestibulares para crianças em vulnerabilidade, cursos de artes, entre outros. “Nos encontramos praticamente todas as semanas, temos o pilar social como um dos pontos centrais de nossa existência”, relata Nayara.

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