Um empresário foi preso suspeito de torturar um funcionário, de 32 anos, por acreditar que ele tinha furtado R$ 8 mil. O caso foi registrado no último sábado (23) em Aparecida de Goiânia (GO). A vítima disse ter sido torturada durante 4h e que foi ameaçada de morte. As informações são do G1.
O funcionário contou que, após encerrar o turno de trabalho na sexta-feira (22), ele e um colega foram chamados pelo patrão para uma conversa. O empresário falou que a quantia em dinheiro tinha sumido da casa dele e que os dois eram suspeitos, já que somente eles tinham trabalhado no imóvel.
Os funcionários negaram o furto, mas no outro dia o patrão foi até a casa de um deles. O empresário convidou o funcionário para ir até a casa onde o dinheiro tinha sumido para um nova conversa.
‘Você é safado’
Assim que o funcionário chegou, as agressões começaram. Segundo o funcionário, o empresário deu uma tapa no rosto e afirmou que ele tinha levado os R$ 8 mil, pois era “safado”. A tortura continuou, pois o homem negou o furto.
A vítima disse ter apanhado com barra de ferro, paulada, chute e soco. As agressões prosseguiram durante 4h. O empresário chegou a ameaçar matar o funcionário. O homem foi enforcado, apanhou com o objeto e também com uma mangueira.
Em determinado momento da tortura, o patrão ameaçou dar choque no funcionário. O empresário pegou dois fios e ligou no padrão de energia. Apesar das ameaças, a vítima não foi eletrocutada.
Fim da tortura
A sequência da tortura fez o homem quase desmaiar. Para por fim, ele resolveu falar que tinha cometido o furto, mesmo não sendo o autor do crime. Após isso, o homem foi autorizado pelo chefe a voltar para casa. Ele mandou o funcionário se vestir e deu um prazo para ele devolver o dinheiro.
O homem foi até a casa de um irmão e contou o que passou. Em seguida, se deslocou ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer o exame de corpo de delito e registrar o crime na uma delegacia. As lesões sofridas apontaram o crime de tortura e o patrão foi preso.
Aos policiais, o empresário confessou as agressões alegando que o objetivo era fazer o funcionário confessar o furto. A vítima está na casa de amigos, já que tem medo de ser procurado por alguém ligado ao patrão.