‘A imagem do time é a pior possível’: Dadá se decepciona com o Galo e teme rebaixamento

dada teme rebaixamento
Dadá diz que o time tem que melhorar, no mínimo, 80% (Moisés Teodoro/BHAZ + Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

“Não existe gol feio – feio é não fazer gol”. A eterna frase de Dadá Maravilha parece não ser tão lembrada entre o elenco atual do Atlético e o próprio ídolo do time vem percebendo isso. Insatisfeito com o desempenho atual do Galo, Dadá admitiu que teme um possível rebaixamento, apesar da volta de Tardelli aumentar suas esperanças para o Brasileirão 2020.

Antes mesmo da saída precoce da Copa Sul-Americana e da eliminação vexatória para o Afogados na Copa do Brasil, o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1971 já via com maus olhos o início de temporada do Galo. Em entrevista ao BHAZ, durante o Troféu Telê Santana, no dia 18 de fevereiro, Dadá admitiu que sofre vendo a situação atual do time.

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“A gente que é amante do futebol se torna fanático por uma camisa. Eu sou carioca de nascença, mas mineiro de coração, e aprendi a amar o Atlético. E como eu amo o Atlético, prefiro não criticá-lo. Mas é difícil elogiá-lo. É uma situação em que a gente sofre, vendo tantos erros primários no time”, conta Dadá.

Dadá, ao lado de Procópio Cardozo, entregou o Troféu Telê Santana de melhor atacante a Marquinhos, do Galo (Moisés Teodoro/BHAZ)

O jogador foi campeão brasileiro pelo Galo em 1971 e é o segundo maior artilheiro da história do clube, com 211 gols, atrás de Reinaldo, que fez 255 gols pelo time. Até hoje, ele ainda brinca: “As pessoas falavam, ‘o Dadá não joga nada, só sabe fazer gol’. Mas o importante é fazer gol, que o Galo não está fazendo. Sinceramente, não acredito que o Atlético está errando desse jeito, chutando a bola para as nuvens”.

“A imagem do time hoje é a pior possível. Está arranhada. Eu já ouvi de muito atleticano que eles estão com medo do Atlético cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Eu já estou escutando isso e, pela bola que estão jogando, tem a ver, sim. O time ainda tem que melhorar, no mínimo, 80%”, admitiu o ex-atacante.

Esperanças

Apesar das expectativas não serem as melhores, Dadá não perde as esperanças de que o Galo se recupere, principalmente com o retorno de Tardelli ao time. “Eu estou fazendo festa com a volta dele. Eu sou suspeito para falar, porque sou amigo e fã, até chamo ele de ‘Tardellinho’. Sou fã dele, ele é meu fã, tem esperança ainda”, finalizou.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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