Bolsonaro diz que exame descarta coronavírus e aparece dando uma ‘banana’

Presidente disse que não foi infectado pelo coronavírus
Presidente disse que não foi infectado pelo coronavírus (Divulgação/Palácio do Planalto)

Após o filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, confirmar à Fox News que o primeiro exame de Jair Bolsonaro (sem partido) atestou positivo para coronavírus, o próprio mandatário anunciou pelas redes sociais que o HFA (Hospital das Forças Armadas) descartou a doença. O político ainda publicou uma foto na qual aparece fazendo um gesto de “banana”.

Segundo o repórter John Roberts, da Fox News, Eduardo Bolsonaro voltou atrás e afirma, agora, que nunca disse que o primeiro exame deu positivo. O jornalista garante que o filho do presidente havia confirmado a informação ao veículo norte-americano. O vice-líder de governo na Câmara, o deputado Peninha (MDB/SC), também confirmou a informação.

Segundo a publicação do presidente, o HFA e o laboratório Sabin Medicina Diagnóstica atestaram negativo para o Covid-19. O mundo vivia apreensão sobre o resultado do exame, já que Bolsonaro se encontrou recentemente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Logo após anunciar o exame negativo, o presidente atacou a imprensa em sua conta no Twitter. Desde o início da manhã havia uma tensão em relação aos testes realizados em Bolsonaro, após a informação de que o exame preliminar havia testado positivo para a doença.

Eduardo Bolsonaro também se posicionou, afirmando que não conversou com a Fox News sobre o resultado do primeiro exame. Ele também atacou a imprensa e a acusou de mentir sobre a situação. “Com algumas exceções, IMPRENSA É LIXO”, escreveu o parlamentar no Twitter.

Observação

Bolsonaro estava em observação desde que o secretário Fábio Wajngarten, chefe da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), foi infectado pelo Covid-19. Os dois estiveram em viagem recente aos EUA, onde se encontraram com Trump.

Nessa quinta-feira (12), Bolsonaro fez um pronunciamento oficial sobre a doença em rede nacional. Em sua transmissão semanal, realizada na página de seu Facebook, o presidente apareceu de máscara, com um vidro de álcool em gel sobre a mesa.

Ainda na noite de ontem, Bolsonaro pediu para que a população cancele o ato marcado para o próximo dia 15 contra o Congresso e contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

“Há uma preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos. Há também, recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente”, disse o presidente, que tem 64 anos.

Pandemia

Na última quarta (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação pelo novo coronavírus para pandemia. A informação foi dada pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom. O anúncio surge quando há mais de 115 países com casos declarados de infeção.

O que é?

Segundo a OMS, uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença. O termo é utilizado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Atualmente, há mais de 115 países com casos declarados da infecção.

A questão da gravidade da doença não entra na definição da OMS de pandemia que leva em consideração apenas a disseminação geográfica rápida que o vírus tem apresentado.

Ao caracterizar o Covid-19 como uma pandemia, Tedros Adhanom afirmou que o termo não deve ser usado de forma leviana. “Pandemia não é uma palavra a ser usada de forma leviana ou descuidada. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários”, declarou.

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