O QUE FAZER SE EU GRIPAR?

e se eu gripar
Sintomas de gripe? Veja o que fazer (diego_cervo/Envato)

Observe seus sintomas, ou observe os sintomas das pessoas da sua família:

1- Parece só um resfriado simples?

Nariz escorrendo, as vezes entupido, corpo ruim, espirros, tosse muito discreta, apetite se mantendo próximo do normal, febre baixa ou febre nenhuma, respirando sem dificuldades. Fique em casa, hidrate-se, use paracetamol ou dipirona para aliviar a febre, as dores de cabeça, de garganta ou as dores no corpo que podem aparecer. Alimente-se bem, evite, na medida do possível, contato com pessoas idosas e com bebês. Você não deve procurar upas ou hospitais, a menos que você comece a apresentar sintomas mais intensos de prostração e falta de ar, por exemplo.

2- Parece uma gripe mais forte?

Febre um pouco mais alta, a partir de 38,5, mal estar geral, tosse, redução do apetite. Fique em casa. Use dipirona ou paracetamol para alívio das dores e da febre, se você precisar. Você não precisa procurar serviços de saúde para se testar. Você só vai procurar o hospital se evoluir com piora drástica dos sintomas: falta de ar, dificuldade para respirar.

NENHUM antibiótico cura gripe. O que cura gripe é o seu sistema imunológico e o tempo. Alguns casos vão precisar de suporte hospitalar. Buscar um serviço de saúde sem necessidade só vai fazer com que outras pessoas se exponham desnecessariamente além de provocar uma sobrecarga desnecessária das estruturas e do corpo clínico, impedindo que o sistema atenda os casos realmente graves.

EM CASA, deixe janelas e portas abertas. Mantenha o máximo de distancia de seus familiares, principalmente nos primeiros dias de sintoma. Não saia a não ser em caso de necessidade extrema.

AJUDE quem está mal e mora sozinho. Leve comida ou produtos de primeira necessidade.

NÃO USE IBUPROFENO.

Júlia Rocha[email protected]

Júlia Rocha é médica de família e comunidade, cantora, doula e ativista. Às voltas com os desafios da maternidade, concilia o samba, a medicina e a luta por direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, pela humanização da assistência ao pré-natal, parto e puerpério, por saúde pública e universal de qualidade e a luta contra o racismo.

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