Zema proíbe festas, determina ônibus com 50% lotação e horário especial para idosos

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Governador determina lotação máxima de 50% em ônibus (Amanda Dias/BHAZ + Henrique Coelho/BHAZ)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, publicou nessa quinta-feira (19), em suas redes sociais, um pacote de decisões para conter o avanço do coronavírus no Estado. Com relação ao transporte público entre municípios, o serviço deve ser realizado sem exceder a metade da capacidade de passageiros sentados.

No caso de ônibus que rodam nas cidades e na zona rural, ninguém poderá viajar em pé. “Temos tomado decisões rápidas, nos reunido diariamente, por meio virtual, para minimizar o pico da Covid-19 em Minas Gerais”, afirmou o governador. As determinações de Kalil para BH já foram publicadas.

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Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), até essa quinta-feira (19), foram notificados 2.273 casos de infecção humana pelo COVID-19. Destes casos, 104 foram descartados, 2.140 estão em investigação como suspeitos e vinte e nove (29) casos foram confirmados.

Fechamento de estabelecimentos

Com relação aos estabelecimentos comerciais, o mandatário informou que o Estado não possui competência para fechar as portas dos comércios. Zema determinou, então, que as prefeituras atuem nessa questão.

Ele pediu ainda que os governos municipais resguardem serviços essenciais como farmácias e supermercados. Além disso, Zema quer que os comércios tenham um horário específico para atender pessoas com mais de 60 anos.

Higienização

O governador determinou ainda que os ônibus devem passar por limpeza, assim como os carros de aplicativos. Zema acrescentou que os veículos deverão circular com janelas abertas.

Sem festas

O governador proibiu festas e qualquer tipo de reunião com mais de 30 pessoas. A decisão inclui cursos e excursões. “É um momento complexo, que exige medidas duras para preservar vidas. A principal preocupação, neste momento, é com a saúde dos mineiros. Peço que todos tenham consciência da gravidade da situação, evitem o pânico, e tomem as medidas de higiene e distanciamento social que são essenciais”, afirmou Zema.

Servidores

Os secretários de Estado e dirigentes de empresas públicas adotarão providências para limitar o atendimento presencial ao público apenas aos serviços essenciais. A partir da próxima segunda-feira (23), os servidores da Cidade Administrativa vão trabalhar de casa.

Já as empresas terceirizadas deverão apresentar ao Estado um estudo sobre o número de funcionários que se enquadram no grupo de risco e quais serão as medidas adotadas para preservá-los.

Relembre atrito entre Kalil e Zema

A confusão entre Zema e Kalil começou por conta da suspensão do funcionamento de bares e restaurantes, academias, shoppings e espaços de aglomeração em BH. Governo e PBH estudavam a proposta, no entanto, nessa quarta (18), Zema recuou na medida e Kalil acabou determinando a ‘paralisação de Belo Horizonte’, por meio de decreto (veja mais aqui).

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No mesmo dia, Kalil disse que Zema estava “preocupado com votos e não com vidas”. Na manhã desta quinta-feira (19), o governador criticou a medida de Kalil e insinuou que foi uma ação política. “Convido aqueles que subiram em palanques para descer. Não é hora de ataques e sim de união. Todos por Minas”, escreveu Zema.

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Kalil rebateu o governador. “Quero dizer a ele que eu não preciso de palanque porque sou um homem conectado a realidade, eu leio pesquisas, inclusive recentes. O que eu preciso é de um governador de palavra”.

O prefeito ainda desafiou o governador e disse que pode revelar as conversas que os dois mantiveram. “O senhor não tem palavra. Ele esqueceu, mas está tudo printado aqui [disse enquanto mostrava o celular]. Se ele me autorizar, porque não sou moleque de expor coisas pessoais, eu mostro, porque eu tenho palavra”, afirmou.

“O governador é o único que não fez nada até agora, assim como não fez na chuva. Não é populismo, é coragem de fazer o que tem que ser feito”, complementou Kalil.

Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

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