Hospital Albert Einstein vai testar remédios para combater o novo coronavírus

Albert Einstein testa possível cura coronavírus
Hospital começou a testar provável cura para a doença (Divulgação/Hospital Albert Einstein + Envato/Prostooleh)

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, informou neste sábado (21) que dará início ao protocolo de pesquisas para o uso de cloroquina e da hidroxicloroquina no combate à Covid-19. Isso não significa que o medicamento seja a cura da doença, apenas que ele será testado.

Em nota, o hospital disse que “a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein prepara um protocolo de pesquisa para testes sobre a eficácia do medicamento hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19”, afirma.

Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), divulgou um vídeo em que afirma que, em parceria com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, usará o laboratório químico e farmacêutico do Exército para ampliar a produção das substâncias. Bolsonaro comentou ainda que o Brasil deverá manter o estoque do medicamento, e que a produção nacional não será vendida a outros países.

Anvisa restringe venda

A cloroquina e a hidroxicloroquina são usadas no tratamento da malária, no combate ao lúpus e à artrite reumatoide. Para evitar a corrida às farmácias, que pode provocar a redução de estoque do medicamento, prejudicando quem realmente precisa, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) precisou enrijecer as vendas.

Agora, toda compra de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina precisa ser feita com receita. “Com o novo enquadramento, as farmácias e drogarias são obrigadas a registrar todas as entradas e saídas do medicamento e o seu estoque, além de registrar os dados dos consumidores”, diz a Anvisa.

Saúde pode autorizar uso em pacientes graves

O Ministério da Saúde pode autorizar, até terça-feira (24), a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquina para casos graves de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A declaração foi feita há pouco pelo secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis. Até lá, o ministério soltará uma nota com orientações sobre o uso dos medicamentos.

O secretário, no entanto, informou que a eventual liberação dos remédios terá caráter experimental e valerá apenas para pacientes internados em estado grave. Ele reiterou que os dois componentes têm efeitos colaterais fortes e não podem ser estocados para serem usados em caso de eventual gripe.

“Hoje, [os medicamentos] são usados em pesquisas clínicas, com autorização dos comitês de ética dos hospitais, em associação com outros medicamentos. Caso o Ministério da Saúde libere a prescrição, poderá ser usado para pacientes graves, internados em hospitais. Não é para ser usado por quem está gripado e acha que se tomar esse medicamento e não vai ter complicações”, destacou Gabbardo.

Com Agência Brasil

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