Kalil decide que não vai cortar salários de professores grevistas; sindicato não foi informado

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Prefeitura irá construir um novo calendário escolar (Envato/Elements)

O prefeito Alexandre Kalil decidiu nesta segunda-feira (30) que não cortará o ponto dos professores que aderiram à greve, que durou 21 dias. A paralisação foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O mandatário determinou a flexibilização das medidas aplicadas quanto ao pagamento dos grevistas e, como excepcional decisão, autorizou a anistia do corte dos salários, de modo que a reposição das aulas perdidas no período de greve faça parte do compromisso desses professores na elaboração do novo calendário escolar.

O que diz o sindicato

Em conversa com o BHAZ, a diretora do Sind-Rede (Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte), Vanessa Portugal, disse que o sindicato ainda não foi comunicado oficialmente sobre a decisão. E que nesta segunda-feira (30), enviaram novamente um ofício cobrando um posicionamento da prefeitura.

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Novo calendário

A prefeitura irá construir um novo calendário escolar, uma vez que o ano letivo foi comprometido por três problemas sucessivos.

A secretária Municipal de Educação Ângela Dalben diz que o momento atual exige sensibilidade e solidariedade com cada um e com todos. “Pois estamos vivendo um ano letivo atípico, repleto de desafios para ser efetivado. Primeiro foram as chuvas que atrasaram o início das aulas, em seguida a greve dos professores e agora, o coronavírus”, apontou.

Ângela Dalben alerta para o compromisso que cada profissional da educação, cada família e autoridades do poder público terão que assumir depois da fase de isolamento por causa da pandemia provocada pelo coronavírus. “O retorno do isolamento social vai, com certeza, exigir de todos nós a revisão de normas, rotinas e práticas. Precisaremos trabalhar coletivamente para o bem comum. Nossos estudantes retornarão com experiências variadas e nunca vividas”, explica.

Segundo a secretária, a legislação determina 200 dias letivos e, sem contar o período do isolamento social, entre os dias de greve e o atraso por causa das chuvas foram mais de 30 dias sem aulas. Nesse sentido, a proposta é construir um novo calendário a partir de normativas definidas pelos órgãos competentes, como os Conselhos Nacional e Municipal de Educação e de acordo com as especificidades do projeto pedagógico de cada escola, devidamente aprovados junto aos respectivos colegiados e assembleias de pais.

Marcela Gonzaga[email protected]

Editora do BHAZ desde fevereiro de 2020. Jornalista graduada pela Newton Paiva. Trabalhou como produtora de TV e chefe de produção durante 14 anos, com passagens pela RecordTV, Rede Minas, RedeTV!, TV TRT-MG e TV TJMG.

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