Cusparadas e ataques: Profissionais da saúde no Reino Unido são alvos por conta do coronavírus

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Sama Shali, de 33 anos, afirma ter sido alvo de um atentado por um homem não identificado (Daily Mail/Reprodução)

Uma funcionária do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) revelou que um homem cuspiu em seu rosto enquanto ela voltava para casa depois de um turno de 10 horas. Enquanto isso, os chefes de saúde alertam que a crise do coronavírus provocou uma onda de ataques a médicos e enfermeiras. As informações são do Daily Mail.

Sama Shali, de 33 anos, afirma ter sido alvo de um atentado por um homem não identificado, enquanto usava seu crachá de identificação no Hospital Christie em Withington, no sul de Manchester (Reino Unido).

Sama parou de andar depois de ouvir um homem de bicicleta dizer algo para ela enquanto se dirigia a uma estação de metrô em Didsbury. “Ele me disse algo e eu tirei meus fones de ouvido para ouvi-lo. Perguntei se ele poderia me dar algum espaço, pois estava bem perto de mim e depois cuspiu no meu rosto”.

Desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao Reino Unido, os trabalhadores do NHS sofreram vários roubos e ataques do público. “Fiquei tão chocada e disse a ele que ligaria para a polícia. Ele começou a me rodear em sua bicicleta e depois fez de novo, ele cuspiu na minha cara de novo”, continua a profissional.

Felizmente para Sama, que vive em Stretford, havia duas mulheres correndo por perto que viram o incidente e foram capazes de tirar uma foto do homem e fazê-lo deixá-la em paz. “Sou muito grata às mulheres que me ajudaram. Mas estou tão chocada e chateada com isso, simplesmente não entendo o motivo disso acontecer comigo”.

Medo de contágio

“Estou com medo de que ele tenha tido o novo coronavírus e queira espalhá-lo. Agora, estou com medo de poder transmiti-lo aos meus colegas ou pacientes. Temos poucos funcionários e estou com medo do impacto que isso terá na minha equipe se eu ficar doente”, relata a funcionária.

Sama, que trabalha no NHS desde 2015 e era gerente de farmácia da HMP Manchester, atualmente trabalha no departamento de pesquisa de câncer do Hospital Christie.

“Quando voltei para casa, tomei cerca de três banhos, não apenas porque me sentia suja, mas porque estava muito chateada. Passei a manhã seguinte chorando”, desabafa a vítima.

‘Espalhadores de doença’

Os profissionais de saúde do Reino Unido têm sido abusados ​e agredidos após serem identificados por algumas pessoas nas ruas.

O Royal College of Nursing diz que seus membros têm sido chamados de “espalhadores de doenças” enquanto se dirigem para trabalhar na linha de frente do NHS nos últimos dias.

As enfermeiras e os médicos foram instruídos a não ir trabalhar com o uniforme a caminho do trabalho e a manter seus crachás de identificação escondidos, para evitar serem atacados.

Na última quinta-feira (26), os profissionais da saúde receberam um e-mail avisando para não usarem uniforme, enquanto outras equipes médicas foram instruídas a não mostrar seus crachás do NHS. “Até novo aviso, todos os profissionais de saúde não podem mais usar seus uniformes para viajar de e para o local de trabalho”.

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