Pelo menos nove pessoas contraíram o novo coronavírus em uma sauna pública, na China. Um estudo de caso, publicado na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), indica que o Sars-CoV-2 é resistente à alta umidade e ao calor.
Os cientistas coletaram dados no início do deste ano, em uma sauna pública para homens na cidade de Huai’an, a 700 km a nordeste de Wuhan, epicentro da pandemia.
De acordo com o estudo, todos os pacientes estiveram ou trabalharam no estabelecimento, que na verdade é um complexo de mais de 270 m2 com chuveiros, piscinas e saunas. A temperatura nos diferentes ambientes varia de 25ºC até 41ºC, e a umidade do ar é de aproximadamente 60%.
Os pacientes apresentaram febre alta e calafrios. Alguns tiveram quadro de congestão pulmonar. A idade média deles é de 35 anos. A infecção de todos foi confirmada por meio do teste de RT-PCR, que é a reação em cadeia de polimerase em tempo real e exame de tomografia computadorizada, que revelou pontos de opacidade nos pulmões. Porém, nenhum deles usou respirador mecânico.
Pelos resultados atingidos, os pesquisadores apontam que o vírus pode ter a capacidade de transmissão limitada em condições muito úmidas e quentes.
Entretanto, segundo os estudiosos, a pesquisa ainda apresenta lacunas, pois ainda não é possível afirmar se foi um caso de transmissão local com contato direto com superfícies contaminadas ou se há realmente a possibilidade de contágio através do ar quente e úmido.