Bolsonaro pede desculpa após postar vídeo com informações falsas sobre CeasaMinas

Bolsonaro desculpa vídeo ceasaminas
Bolsonaro se desculpou por postagem com informações falsas (Marcello Casal JrAgência Brasil/Reprodução/Twitter)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), pediu desculpas pelo vídeo com informações falsas sobre um suposto desabastecimento na CeasaMinas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) postado em sua rede social na manhã dessa quarta-feira (1º). Ainda ontem, o presidente fez uma nova publicação, desta vez em seu Facebook, assumindo o erro.

“Foi publicado em minhas redes sociais um vídeo que não condiz com a realidade para com o Ceasa/MG. Minhas sinceras desculpas pelo erro”, disse o chefe de Estado.

Ontem, o presidente, no intuito de criticar as medidas de isolamento e prevenção contra o novo coronavírus adotadas por governadores e prefeitos, publicou um vídeo no qual um homem, ainda não identificado, mostra a CeasaMinas vazia e diz que há desabastecimento no Estado.

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No entanto, a própria CeasaMinas negou que exista algum desabastecimento no local e afirmou que as atividades comerciais têm ocorrido normalmente. A Amis (Associação Mineira de Supermercados) também negou a falta de produtos nas prateleiras e pediu que a população evite o estoque de alimentos.

Após a repercussão negativa e as críticas em relação à postagem com informações incorretas, Bolsonaro apagou o vídeo. Agora, a Polícia Civil mineira instaurou um inquérito para investigar quem é o autor e a origem do vídeo.

Mais tarde, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que não há notícias de falta de alimentos em nenhuma cidade.

“Hoje nós temos no Brasil o abastecimento em todas as capitais e todas as cidades, não temos nenhuma notícia de que esteja faltando qualquer tipo de alimento nas prateleiras dos supermercados, das vendas. Essa é a missão hoje do Ministério”, afirmou.

Nota da Amis

“Diante dos últimos reajustes de preços por parte de alguns fornecedores, a Associação Mineira de Supermercados (AMIS) está orientando os consumidores para continuarem a evitar compras de estocagem e a trocar marcas por opções mais baratas ou substituir itens por similares. O objetivo é evitar a pressão sobre os preços e auxiliar na negociação entre supermercados e indústrias.Em Carta Aberta aos Consumidores Mineiros distribuída na noite da última sexta-feira, 27 de março, a AMIS informa que vários produtos – principalmente laticínios em geral, ovos, feijão, óleo, arroz e alho – têm sofrido pressão de reajuste de preço por parte das indústrias fornecedoras nos últimos dias.A entidade esclarece ainda que as empresas supermercadistas estão solidárias e trabalhando diariamente no enfrentamento da pandemia do Covid-19 e que os supermercados estão abastecidos e em funcionamento dentro da normalidade.O desafio a mais agora tem sido enfrentar reajustes de preço por parte de seus fornecedores neste momento de reposição de estoques. Com a alta demanda geral registrada no início do enfrentamento da pandemia, os estoques, que garantiriam abastecimento durante um prazo muito maior, foram rapidamente consumidos, o que gerou a necessidade de novas compras junto aos fornecedores. O desequilíbrio entre oferta e procura pode gerar pressão sobre os preços.Os fornecedores alegam aumento de custos em seus insumos e dificuldades de logística, especialmente para produtos que vêm de regiões mais distantes.Como elo final da cadeia de abastecimento entre os produtores/fabricantes e os consumidores, os supermercados apenas repassam o custo dos produtos. As empresas supermercadistas garantem que não aumentaram suas margens no preço.A AMIS enviou ofícios ao PROCON-MG e ao Governo de Minas manifestando preocupação em relação à pressão dos fornecedores por aumento de preços. Ao mesmo tempo, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) está mantendo permanente contato com o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), para tratar da situação”.

Nota CeasaMinas

“A CeasaMinas reafirma que o abastecimento está garantido A CeasaMinas esclarece que não há qualquer desabastecimento em seus entrepostos, em razão do coronavírus (Covid-19). A empresa reafirma que têm sido mantidas todas as atividades necessárias à comercialização das mercadorias nas suas seis unidades do estado (Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Governador Valadares, Caratinga e Barbacena).

A CeasaMinas informa também que realiza levantamento diário das quantidades ofertadas, preços e procedências dos produtos, dentre outros dados que permitem orientar o público acerca da situação do mercado, em especial produtores rurais, atacadistas, varejistas e outros agentes do abastecimento.

Os dados estão disponíveis no site www.ceasaminas.com.br, no link Informações de Mercado.

Prevenção contra o coronavírus

Como medida de prevenção ao coronavírus (Covid-19), a CeasaMinas reforça ainda que as atividades em seus entrepostos foram adequadas no sentido de reduzir o fluxo de pessoas, sem afetar o abastecimento.

A empresa tem atuado em conjunto com representantes dos comerciantes, produtores rurais e de demais trabalhadores, para reduzir os riscos de contágio pela doença, através da divulgação das recomendações dos órgãos oficiais de saúde pública na esfera federal, estadual e municipal.

A CeasaMinas permanece à disposição para qualquer esclarecimento adicional que se fizer necessário”

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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