A rede de restaurantes Madero demitiu mais de 600 funcionários, nessa quarta-feira (1º), por causa da crise do coronavírus. O empresário Junior Durski, proprietário da rede, confirmou a informação ao Estadão, nove dias depois de garantir que não demitiria ninguém durante a crise.
Segundo o empresário, as demissões são de funcionários que participavam de projetos de expansão da rede, já que o Madero previa a abertura de mais 65 unidades em 2020 e terá que cancelar grande parte das inaugurações por causa da pandemia.
De acordo com o Estadão, algumas áreas afetadas pelas demissões são de engenharia e arquitetura, que cuidavam dos projetos de inauguração, e a maior parte é de funcionários recém-contratados que estavam em treinamento para trabalhar nos restaurantes.
‘Não vamos demitir ninguém’
No dia 23 de março, Júnior Durski causou uma polêmica ao se posicionar contra o isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus. O empresário gravou um vídeo afirmando que os danos à economia são mais graves do que “5 ou 7 mil que vão morrer”.
+ Dono do Madero diz que o Brasil não pode parar ‘por conta de 5 ou 7 mil que vão morrer’
Na publicação no Instagram, o empresário garantiu que não demitiria ninguém da rede de restaurantes, já que o Madero tinha “condições, recursos, caixa para passar três, quatro, cinco ou seis meses parado” e completou: “Eu não estou preocupado com os 8 mil empregados que nós temos, eu já disse, eu vou manter o emprego dos nossos empregados”.
Em um vídeo publicado no dia anterior, ele havia feito a mesma promessa: “Quero dizer aos meus funcionários, às 8 mil pessoas que trabalham conosco, vai ser duro, vamos juntos, vamos trabalhar forte. Eu deixo aqui o meu compromisso, a minha palavra, de que nós vão vamos demitir ninguém. A gente vai junto tocando essa parada pra frente e vamos resolver isso. É minha obrigação, a obrigação do meu time, cuidar dos nossos 8 mil funcionários e nós vamos sair dessa”.
