A Polícia Civil de Minas Gerais identificou, nesta quinta-feira (2), o autor do vídeo que fala sobre um suposto desabastecimento na CeasaMinas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) durante a pandemia do Covid-19.
A gravação foi compartilhada nas redes sociais por diversas pessoas e até mesmo pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Ele se desculpou por postar o vídeo com informações falsas.
Em coletiva, os delegados Saulo Castro, Rodrigo Bustamante e Luciano Guimarães disseram que o homem responsável pela gravação é autônomo, tem 48 anos e não possui antecedentes criminais, nem filiação partidária.
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Ainda não se sabe o que motivou o homem a fazer tal gravação, pois no momento, segundo os delegados, havia “grande quantidade de alimentos” na Ceasa, ao contrário do que é dito e mostrado nas imagens.
“Ele esteve na região conhecida como Pedra no dia 31 de março, por volta das 10h15, mas a situação de momento era diferente do que ele falou. Ele fez uma tomada [de imagens] de forma que mostrasse a área totalmente vazia. O que não é verdade. Imagens captadas mostram grande quantidade de mercadoria”, disseram os delegados.
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O autor da gravação foi chamado pela PCMG a prestar depoimento na próxima segunda-feira (6), porém, conforme explicaram as autoridades, ele pode fazer o procedimento antes do prazo determinado.
Contravenção penal
O vídeo feito pelo profissional autônomo se enquadra na contravenção penal de provocar alarme falso.
“Por ora é o que vislumbramos na investigação. A pessoa já foi intimada a comparecer na delegacia e, se assim desejar, apresentar as justificativas para a ação”, informaram as autoridades.
O artigo 41 da Lei das Contravenções Penais prevê multa ou prisão para quem comete tal crime.
Compartilhamento de notícias falsas
Os delegados ainda ressaltaram que compartilhar notícias falsas é crime e alertaram a população.
“Indicamos que antes de divulgar vídeos recebidos as pessoas verifiquem para não haver a disseminação de notícia falsa e suas consequências. Quem sabe que a notícia é falsa, mas mesmo assim compartilha também pode responder criminalmente”, alertaram.
O abastecimento de alimentos segue normalizado na CeasaMinas.
