O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta terça-feira (7), a criação do bolsa merenda. O benefício mensal de R$ 50 é destinado para crianças da rede estadual que vivem abaixo da extrema pobreza.
“Milhares de crianças deixaram de frequentar as escolas e para boa parte as escolas eram principais locais de alimentação. Com isso muitas que iam até a escola e tinham lanches e merenda deixaram de ter esta oportunidade”, disse Zema.
O benefício vem no momento de combate à Covid-19. Somente em Minas Gerais, segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), 559 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e 11 morreram até esta terça.
O governo de Minas mapeou que 380 mil crianças estão inclusas em famílias cuja a renda per capita é inferior a R$ 89 por mês. “A partir de agora [essas crianças] irão receber o bolsa-merenda para compensar a perda da merenda que elas faziam. É obrigação do Estado tentar amenizar o sofrimento das famílias”.
Ajuda do MPMG
Segundo Zema, o bolsa merenda pôde ser criado, pois o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) está contribuindo com R$ 30 milhões. O benefício terá validade de quatro meses.
“A preocupação da crise da merenda se deu pois sabemos que muitas crianças se alimentam nas escolas e numa situação de suspensão das aulas elas ficam sem comer”, ressaltou o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet.
Como vai funcionar?
As crianças beneficiadas vão receber um vale-alimentação e com ele as famílias poderão fazer as compras da merenda, como explicou a secretária de Impacto Social, Elizabeth Jucá.
“O Estado entra com R$ 30 e o MPMG R$ 20. A parceria foi essencial para chegar num valor considerável pro aluno alimentar. Estamos construindo a forma de repasse que será por meio de vale-alimentação”.
A secretária ainda destacou que parcerias com a iniciativa privada estão sendo realizadas para poder atender as crianças “que tem renda um pouco maior”.