Governo de Minas deixará de pagar férias dos servidores e auxílio para policiais: ‘Faltam recursos’

Medida foi tomada devido às condições financeiras do Estado
Medida foi tomada devido às condições financeiras do Estado (Pixabay/Reprodução + Ísis Medeiros/Sind-UTE-MG)

O Governo de Minas Gerais anunciou nesta quinta-feira (16) que não tem dinheiro em caixa para pagar o terço das férias dos servidores. A medida é por tempo indeterminado e válida ainda para o auxílio fardamento dos policiais do Estado. O BHAZ teve acesso ao documento.

Conforme o Secretário-Geral do Estado e presidente do Comitê de Orçamento e Finanças, Mateus Simões, a decisão foi tomada para preservar o caixa, uma vez que o Estado está falido.

“Faltam recursos para pagar este direito dos servidores. O Estado não tem condições de fazer o pagamento neste momento”, disse em entrevista ao BHAZ.

Documento informa a suspensão do pagamento do terço das férias e auxílio fardamento (WhatsApp/Reprodução)

A situação financeira enfrentada pelo governo foi exemplificada pelo Secretário-Geral na dificuldade em definir quando o restante dos salários dos servidores serão pagos.

“Sequer conseguimos anunciar escala [de pagamento] da segunda parcela dos servidores. Só saúde e segurança receberam na totalidade, os outros receberam R$ 2 mil”, informou.

A suspensão do pagamento do terço das férias e do auxílio fardamento foi tomada para “preservar o caixa” do Estado, conforme disse Simões. “Para tentar preservar o caixa e até tentarmos pagar a segunda parcela [dos salários] tivemos que fazer contingenciamentos e um deles foi suspender o pagamento do terço das férias”.

Simões não sabe até quando a medida será necessária e tranquilizou os servidores. “Não é que eles não vão receber, só não será neste momento. Para não ser desonesto e prometer o pagamento numa data que não será possível, nós estamos falando que não há recurso”, esclareceu.

Abono fardamento

No mesmo documento, o governo de Minas suspende o pagamento do abono fardamento aos servidores civis, militares e contratos administrativos da área de segurança pública.

“Duas decisões precisaram ser tomadas. O auxílio fardamento também será adiado já que representa mais de R$ 100 milhões [anualmente]. Ambos [terço das férias e auxílio fardamento] são direitos legais, mas não tínhamos previsão de pagamento”, concluiu.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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