O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, disse que o governo de Minas terá ainda mais dificuldades para pagar os servidores em maio. A afirmação foi feita em reunião com deputados na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) nessa quarta-feira (22).
A pandemia do novo coronavírus afetou diretamente o caixa do Estado, prova disso que somente os servidores da saúde e segurança receberam os pagamentos de forma integral. Os demais seguem sem saber quando os depósitos da segunda parcela vão acontecer.
De acordo com o secretário, Minas Gerais recebeu recursos que não estavam previstos, como os R$ 781 milhões de um precatório julgado na Justiça do Paraná, e isso ajudou a quitar as contas. Porém a situação será diferente no próximo mês.
“Isso [recursos] ajudou a mitigar a situação. Em maio não teremos esses créditos, e o problema será ainda mais grave”, alertou.
Pagamento de férias
Os deputados ainda questionaram o secretário sobre a suspensão do pagamento do terço das férias e do auxílio fardamento. Barbosa alegou que em momentos de crise é preciso “fazer escolhas”, já que o Estado não tem recursos em caixa.
O titular da pasta voltou a falar sobre os vencimentos dos servidores. “Estamos muito mais para atrasarmos do que honrarmos os salários. O Estado não tem capacidade de honrar os salários dos servidores em dia”, informou.
Pelos cálculos do governo, a queda na arrecadação deverá totalizar R$ 1,15 bilhão em abril, contra R$ 2,2 bilhões previstos para maio, mês que deverá fechar em deficit de R$ 1,5 bilhão.
Com ALMG