O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estaria apoiando o processo de isolamento da secretária de Cultura, Regina Duarte. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, que afirma ainda que o chefe do executivo quer incentivar o pedido de demissão da atriz. No entanto, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, negou as alegações e reafirmou apoio a Regina.
Isolada no governo, a atriz já estaria dando sinais de que se arrepende de ter rompido contrato com a Globo. “É tudo que preciso aprender… desapego. Tá em tempo ainda”, escreveu a atriz em uma postagem no Instagram, publicada nesse sábado (25).
Outra dificuldade que a atriz tem enfrentado é a rebeldia do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Dentro da pasta, ele ocupação posição subordinada à de Regina, porém a critica abertamente, até mesmo nas redes sociais. “Quem nomeia esquerdistas no governo Bolsonaro deveria ter vergonha na cara, retirar-se com sua turma e tentar voltar somente em 2022, por meio do voto”, escreveu.
Outro sinal de que o presidente apoia o isolamento da secretária é seu incondicional apoio a Sérgio Camargo. Bolsonaro foi responsável por conduzi-lo ao cargo e elogia frequentemente o jornalista, chamando de “excelente pessoa” e “nota 10”.
Bolsonaro nega fritura
Publicamente, Bolsonaro reclamou da distância da atriz. “Infelizmente a Regina está trabalhando pela internet ali e eu quero que ela esteja mais próxima”, disse, em entrevista a jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, segundo a Folha.
“Uma excelente pessoa, um bom quadro, é também uma secretaria que era ministério, muita gente de esquerda, pregando ideologia de gênero, essas coisas todas que a sociedade, a massa da população não admite e ela tem dificuldade nesse sentido”, acrescentou.
O presidente também negou que esteja pressionando pela saída de Regina Duarte e questionou a veracidade das notícias. “Eu queria que ela estivesse em Brasília para conversar mais com ela. Só isso. Mais nada. Eu sou também apaixonado pela namoradinha do Brasil”, afirmou.