Sumiço de professor de jiu-jitsu, cercado de mistérios, durante quarentena agoniza família, que pede ajuda

Alexis Rudine Barbosa desaparecido
Alexis Rudine Barbosa Pinheiro, de 35 anos, desapareceu após fazer uma corrida de BH para o MS (Flávia Luisa Barbosa Pinheiro/Arquivo pessoal)

O professor de jiu-jitsu e motorista de aplicativo Alexis Rudine Barbosa Pinheiro, de 35 anos, desapareceu após fazer uma corrida de Belo Horizonte para Dourados, no Mato Grosso do Sul, no dia 24 de março. O último contato com a família foi no dia 19 de abril, quando seu carro teria estragado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Desde então, o caso segue um mistério e é investigado pela Polícia Civil.

Ao BHAZ, a pedagoga Flávia Luisa Barbosa Pinheiro, irmã de Alexis, conta que ele é professor de jiu-jitsu, mas precisou começar a dirigir com um aplicativo para complementar a renda. “Ele começou a fazer algumas viagens por fora, para um senhor e o filho dele, para o Mato Grosso do Sul. Ele sempre falava com a gente e com a esposa. As viagens geralmente duravam cerca de duas semanas, dependia do passageiro”, explica.

Flávia ainda conta que ele saiu no dia 24 de março, do Tirol, na região do Barreiro e, no dia 25 daquele mês, ele recebeu uma multa em Dourados (MS). “Com isso a gente teve a certeza que ele chegou lá. Estava tudo normal, ele dando notícias todos os dias, como sempre”, relata.

Alexis Rudine Barbosa Pinheiro (Flávia Luisa Barbosa Pinheiro/Arquivo pessoal)

Carro estragado e último contato

Voltando para Belo Horizonte, Alexis teria estragado o carro em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no dia 3 de abril. “Ele nos ligou e contou que precisava de peças para consertar o carro, mas estava tudo fechado por conta da pandemia. Ele foi ficando na cidade, mas sem conseguir consertá-lo”, continua a pedagoga.

No dia 19 de abril foi o último contato, por voz, de Alexis com a família. “Ele disse que não poderia sair da cidade, pois era preciso um teste para o novo coronavírus. Ele não deu muitos detalhes do que estava acontecendo. Depois ele mandou algumas mensagens de texto, mas não sabemos se era mesmo ele, porque estava um pouco desconexo. A partir daí, o telefone não chamou mais”, desabada a irmã de Alexis.

‘Homem honesto e trabalhador’

O professor de jiu-jitsu é descrito pela irmã como uma pessoa muito calma. “Um homem honesto, trabalhador, que não tinha problemas com ninguém. Sempre calmo, tranquilo, bem ‘de família’ mesmo. Estamos muito preocupados, não temos noção nenhuma do que possa ter acontecido com ele”, relata Flávia.

Alexis tem uma tatuagem escrita jiu-jitsu na panturrilha esquerda. O carro dirigido por ele é um Chevrolet Prisma branco, placa PUX-2969, de Belo Horizonte. Quem tiver alguma informação pode entrar em contato com a Polícia Civil e colaborar pelo 0800 2828 197.

A Polícia Civil de Minas disse, por meio de nota, que “já gerou o alerta do desaparecimento, iniciou a divulgação da imagem e as investigações. As primeiras informações apontam que o ausente tenha se destinado a Mato Grosso do Sul. A Polícia Civil do Estado também já esta a par e empenhada no caso”.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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