Coronavírus é encontrado em esgotos de BH e Contagem; pesquisa auxilia no controle da pandemia

coronavirus esgoto bh
Projeto terá importante papel no acompanhamento da circulação do vírus (Amanda Dias/BHAZ)

Um grupo de pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) tem analisado a presença do novo coronavírus na rede de esgoto de Belo Horizonte e região metropolitana. O resultado das primeiras análises mostrou que o vírus está presente em materiais coletados na capital e em Contagem. As amostras com resultado positivo para o vírus foram coletadas em sub-bacias dos ribeirões Arrudas e Onça.

O trabalho tem como objetivo auxiliar no acompanhamento da evolução da pandemia. Segundo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em ETEs Sustentáveis, a presença do vírus no esgoto pode servir para a tomada de decisão de autoridades. “Indica a possibilidade de se estabelecer uma estratégia para detecção da presença de uma doença ou infecção viral na população, inclusive na parcela que não manifesta a doença – portadores assintomáticos”, informa.

Esses resultados preliminares, divulgados por meio de boletim de monitoramento, encontraram o novo coronavírus nas sub-bacias que recebem os efluentes de mais de 70% da população de Belo Horizonte e Contagem [8 das 26 amostras coletadas.]

Com o avanço do estudo, a expectativa é de que seja possível acompanhar como é a circulação do vírus nas regiões investigadas. Semanalmente, dezenas de pontos serão analisados. Assim, espera-se que seja possível acompanhar as mudanças na concentração do vírus e sua localização.

Transmissão por via feco-oral

O INCT também revela que outro objetivo do estudo é alertar “para eventuais riscos de transmissão da doença Covid-19 pela via feco-oral”. No entanto, é baixa a chance de que o vírus encontrado no esgoto possa causar a doença por meio do contato com o material.

“Não existem evidências científicas da via de transmissão feco-oral para a Covid-19. Avaliações desenvolvidas até o momento indicam que o risco desta rota de transmissão é pouco provável”, informam os pesquisadores, por meio de Nota Técnica sobre o assunto.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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