Coronavírus: 78% dos infectados, em Minas, têm menos de 60 anos; mais 4 mortes em 24h

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IMAGEM ILUSTRATIVA (Banco de imagens/Envato)

O novo boletim divulgado pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), nesta terça-feira (5), aponta que 78% das pessoas infectadas no Estado pelo novo coronavírus têm menos de 60 anos. Além disso, houve mais quatro novas mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas.

De acordo com SES-MG, as novas vítimas da Covid-19 no Estado são de Montes Claros, na região Norte, Pouso Alegre, no Sul de Minas, e duas de Belo Horizonte. Todas estavam no grupo de risco, ou seja, tinham mais de 60 anos ou apresentavam comorbidades.

Os mais novos números oficiais divulgados pelo Governo de Minas são:

  • 94 óbitos (aumento de 4,4% em relação ao último boletim)
  • 94 óbitos em investigação (aumento de 9,3%)
  • 2.452 casos confirmados (aumento de 4,5%)
  • 89.602 casos suspeitos (aumento de 0,6%)

Belo Horizonte segue sendo a cidade mais atingida pelo novo coronavírus em Minas. A capital já soma 829 casos da doença, com 22 óbitos registrados até o momento. Outra cidade com um número significativo de casos é Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 217 pessoas infectadas e seis mortes.

Primeiros afetados pela Covid-19 no Brasil tinham, em média, 39 anos

A média de idade dos primeiros pacientes diagnosticados com a covid-19 no Brasil, de 39 anos, foi mais baixa do que a observada em outros países. Associado ao fato de que, na fase inicial da epidemia, grande parte desses pacientes pertencia às classes sociais mais elevadas, isso pode ter contribuído para que o país tenha registrado uma taxa de hospitalização equivalente à metade da média internacional – de 10% contra 20% de outros países.

As conclusões são de um estudo internacional, liderado por pesquisadores brasileiros. Os resultados preliminares da pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no âmbito do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), foram descritos em artigo publicado na plataforma medRxiv, ainda em versão pré-print (sem revisão por pares).

“A condição econômica desses primeiros pacientes infectados permitiu que tivessem maior acesso a testes diagnósticos, por exemplo, facilitando inicialmente o isolamento social e a diminuição do contágio”, disse o pesquisador da Fiocruz e um dos autores do estudo, Julio Henrique Rosa Croda.

Os pesquisadores analisaram as características epidemiológicas, demográficas e clínicas dos casos confirmados de covid-19 durante o primeiro mês da epidemia no Brasil. Para isso, usaram principalmente a base de dados REDCap, criada pelo Ministério da Saúde no início do surto da doença para notificação de casos.

As análises dos dados indicaram que, entre 25 de fevereiro e 25 de março, foram confirmados 1.468 casos de covid-19 no Brasil, dos quais quase a metade (48%) foi de pessoas entre 20 e 39 anos de idade. Do total de casos registrados à época, 10% precisaram de internação e apresentaram como fatores de risco associados à hospitalização doenças cardiovasculares e hipertensão.

Com Agência Brasil

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