Médico diz que Bolsonaro pratica eugenia, método associado aos nazistas

Médico Bolsonaro Eugenia
Médico disse que ações de Bolsonaro podem ser associadas eugenia (Reprodução/TV Cultura)

Durante uma entrevista concedida ao canal TV Cultura, o médico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Arnaldo Lichtenstein, comparou as ações do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), à eugenia. A prática associada ao nazismo prega uma melhoria da raça humana.

De acordo com o médico, quando o presidente minimiza as mortes de idosos e pessoas do grupo de risco em nome da economia e discursa contra o isolamento social e as medidas de contenção do vírus, ele se associa à prática do século passado.

“Quando as pessoas não defendem o isolamento, não se fecha o comércio, a economia não para e o governo não precisa colocar dinheiro na economia. As pessoas que vão morrer muitas são idosas e aí tem a fala de que muitos iam morrer mesmo, ou as pessoas que já têm doença, e vão ficar os jovens e atletas”, argumentou o médico.

“Se a gente pegar pedaços da fala, isso tem uma lógica intensa, isso chama eugenia. Lembrem-se de que sistema político mundial usava isso”, complementou, em referência ao regime nazista.

Arnaldo ainda disse que, além da descrença na ciência, o discurso é uma teoria perversa. “Então, quando se fala que morram os vulneráveis para termos uma geração saudável, pode ser que esteja permeando essa história de acabar logo com essa tortura e não ter um derretimento da economia. É uma coisa muito mais perversa do que simplesmente não acreditar na ciência, é outro tipo de teoria que pode ser muito pior do que isso”, disse.

Pelas redes sociais, a fala do médico ganhou repercussão. Na manhã desta terça-feira (12), o termo eugenia, remetido à fala de Arnaldo, ocupava a lista de assuntos mais comentados do Twitter com cerca de 9 mil menções.

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