Em 24h, Minas tem mil novos casos suspeitos de Covid-19; número de mortes avança

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Número de casos e mortes provocadas pela Covid-19 seguem aumentando em Minas (Amanda Dias/BHAZ + Adão de Souza/PBH)

Os números de mortes causadas pela Covid-19 seguem avançando em Minas Gerais. Segundo dados do boletim epidemiológico da SES-MG (Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais), divulgado na manhã desta terça-feira (12), o número de mortes aumentou de 121 para 127.

Os mais novos números oficiais divulgados pelo Governo de Minas são:

  • 127 óbitos (aumento de 4,9% em relação ao último boletim)
  • 118 óbitos em investigação (queda de 10%)
  • 3.435 casos confirmados (aumento de 3,4%)
  • 101.496 casos suspeitos (aumento de 1%)

Outro dado que mostrou aumento foi o número de casos suspeitos da doença. Em apenas 24h, Minas registrou mil notificações, aumentando de 100,4 mil para 101,4 mil as suspeitas.

Mesmo com o alto número de casos suspeitos, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo, disse nessa segunda-feira (11) que ainda não é o momento de testar a população em massa.

“O momento pela escolha dos testes em massa tem que ser muito precisa. Essa é a discussão que deveria ser tratada no Estado: ‘Qual o momento adequado para começar uma testagem maior da sociedade’”, questionou.

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Até o momento, o Estado tem 3,4 mil casos confirmados da doença, com 118 mortes ainda em investigação. Nessa segunda (11), o número era de 3,3 mil casos confirmados e 132 óbitos em investigação.

Belo Horizonte segue como a cidade com o maior número de casos e vítimas da doença. Ao todo, são 966 infectados e 26 mortes. Juiz de Fora, na Zona da Mata, aparece na segunda colocação com 326 casos confirmados e 14 mortes. O terceiro lugar é ocupado por Uberlândia, no Triângulo, com 243 doentes e 11 mortos.

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Não é hora de flexibilizar

Um mês a mais de medidas de distanciamento social pode adiar, em dois meses, o novo pico de infecções pelo coronavírus, evitando a sobrecarga do sistema de saúde. Essa avaliação é feita por seis professores da UFMG no artigo “Por que ainda não é o momento de flexibilizar o isolamento social em Minas Gerais – nove argumentos com embasamento científico“, publicado no último domingo (10).

+ Não é hora de flexibilizar o isolamento social em Minas, alertam professores da UFMG

No documento, Cláudia Regina Lindgren Alves, Cristina Gonçalves Alvim, Elaine Machado, Luana Giatti, Sandhi Maria Barreto e Unaí Tupinambás, todos docentes da Faculdade de Medicina, argumentam que, “se o número de pessoas susceptíveis ao novo coronavírus for muito grande, os casos podem ressurgir rapidamente à medida que empresas, indústrias, comércios e escolas gradualmente retomam suas atividades, aumentando, assim, o contato social”.

Confira os motivos para a não flexibiliação:

Os nove motivos

1) A transmissão do vírus no Brasil ainda não está controlada;

2) Nosso sistema de saúde ainda não está detectando, como deveria,  as pessoas com Covid-19 em Minas Gerais (“subnotificação”);

3) Ainda não há um planejamento para a realização de testes em amostra representativa da população;

4) É necessário aprimorar a sistematização e a transparência das informações relativas aos serviços de saúde (profissionais, disponibilidade de leitos, insumos de EPI, respiradores);

5) Os protocolos com as medidas preventivas e de controle em ambientes de trabalho, espaços públicos e escolas ainda não foram amplamente divulgados e debatidos nos diversos setores da nossa sociedade;

6) É insuficiente ainda o investimento em campanhas que promovam o engajamento da população e conscientização para adesão às medidas preventivas;

7) É preciso esclarecer como será a vigilância e o controle de possíveis novos casos importados de outras cidades e estados;

8) A “imunidade de rebanho” não ocorrerá tão cedo;

9) Ainda não há suficiente alinhamento da política de prevenção entre o nível federal e estadual para garantir ações coordenadas e efetivas.

Cada motivo é detalhado no artigo, disponível em formato PDF. Veja aqui.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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