Covid-19: Minas ultrapassa marca de 200 mortes e vai passar a usar plasma de curados para tratar doentes

hemominas plasma
Hemominas vai fazer um estudo com plasma de pacientes curados (Pedro Gontijo/Imprensa MG)

O mais novo boletim da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), divulgado na manhã desta sexta-feira (22), mostra que o Estado ultrapassou a marca de 200 mortes em decorrência da Covid-19 ao atingir 201 óbitos. Nas últimas 24 horas, o número de infectados teve um acréscimo de 399 casos.

Os números oficiais divulgados pelo Governo de Minas nesta sexta-feira são:

  • 201 óbitos (aumento de 5,2% em relação ao último boletim)
  • 2.724 casos em acompanhamento (aumento de 9,6%)
  • 5.995 casos confirmados (aumento de 7,1%)
  • 3.070 casos recuperados (aumento de 5,1%)

Plasma

O secretário de Estado de saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que o Hemominas, em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Funed (Fundação Ezequiel Dias), recebeu a aprovação do Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) para realizar a pesquisa relacionada ao plasma convalescente (de pessoas curadas da Covid-19).

Esse plasma é coletado do paciente já recuperado da Covid-19 por meio de aférese – processo no qual pode-se doar somente uma parte do sangue. O restante do sangue (hemácias e plaquetas) retorna ao doador.

O processo leva cerca de 90 minutos para ser realizado, sendo que o plasma de um único doador poderia tratar de dois a três pacientes. No plasma, estão os anticorpos para o novo coronavírus. Quando aplicado em doentes, ajuda no combate à infecção.

“Essa aprovação permite que, a partir de agora, a Hemominas comece a fazer o recrutamento de doadores para que tenhamos o plasma e que isso comece a ser testado naqueles pacientes graves, conforme o protocolo aprovado. É mais um passo importante no combate da Covid”, explicou Amaral.

O secretário aproveitou a ocasião para informar que dez novos respiradores estão sendo encaminhados para Diamantina, no Vale do Jequitinhonha.

Perfil dos infectados

Conforme os dados divulgados pela SES-MG, a maior parte das pessoas que contraíram o novo coronavírus em Minas tem entre 30 e 39 anos. Dos 5.995 casos confirmados, 1.432 doentes pertencem à citada faixa etária.

A enfermidade tem atingido igualmente homens e mulheres no Estado. Além disso, há ao menos 852 infectados considerados jovens, que possuem entre 20 e 29 anos.

78% dos doentes tem entre 20 e 59 anos (Governo de Minas / Reprodução)

Óbitos

A maior parte das pessoas que morreram em decorrência do novo coronavírus tem mais de 60 anos – foram 151 óbitos na citada faixa etária.

Não há mortes registradas entre crianças de até 9 anos no Estado, conforme a pasta. Outro ponto que chama a atenção é que 90% das vítimas tinham alguma doença antes de contrair o vírus.

90% dos mortos tinham outra doença antes de contrair o vírus (Governo de Minas / Divulgação)

Onde estão os óbitos?

A região Central é a área do Estado com o maior número de óbitos – são 56 mortes. Já a região Noroeste, no outro extremo, registrou duas mortes e, no Vale do Aço, ninguém morreu em decorrência do novo coronavírus.

A região Central concentra o maior número de mortes. (Governo de Minas / Reprodução)

Minas Consciente

O governador Romeu Zema lançou no dia 23 de abril o “Minas Consciente – Retomando a economia do jeito certo”. A partir do programa, os municípios têm parâmetros e protocolos para retomar as atividades comerciais.

Até o momento, conforme anunciado durante a coletiva de imprensa, 50 municípios de Minas já aderiram ao programa. Ou seja, 5,8% dos 853 municípios do Estado já iniciaram a flexibilização. A opção de começar, ou não, a retomada da economia cabe à administração municipal.

O secretário informou ainda que a retomada da economia não significa relaxamento no combate ao vírus. Ele reforçou que o uso de máscaras é imprescindível.

Veja em que estágio está cada região (Governo de Minas / Reprodução)

Relembre o programa

Elaborado pelo governo estadual, o programa Minas Consciente setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – baixo risco; onda amarela – médio risco; onda vermelha – alto risco), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença.

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Com Hemominas

Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

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