Weintraub: ‘Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a nação’

ministro educação
Declaração veio depois de repercussão de fala sobre ministros do STF (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Da Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou o Twitter neste domingo (24) para justificar um dos trechos polêmicos do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril com o presidente Jair Bolsonaro. No vídeo, Weintraub chama ministros do STF de “vagabundos” e pede “cadeia” para eles. “Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a nação. Não ataquei leis, instituições ou a honra de seus ocupantes”, afirmou o ministro, no Twitter. 

Na última sexta-feira (22), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, liberou a divulgação de vídeo. A reunião e mensagens enviadas por celular foram citadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como prova da tentativa de interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal.

Ao quebrar o sigilo do vídeo da reunião, Celso de Mello disse que há aparente “prática criminosa” na conduta de Weintraub, “num discurso contumelioso (insultante) e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral” em relação aos ministros da Corte. Celso de Mello concluiu que a declaração do ministro da Educação põe em evidência “seu destacado grau de incivilidade e de inaceitável grosseria” e configuraria possível delito contra a honra (como o crime de injúria).

Entenda o caso

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deixou o cargo, no dia 24 de abril, depois da exoneração do diretor-geral da PF (Polícia Federal), Maurício Valeixo. A demissão de Valeixo foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por meio do Twitter e foi publicada no Diário Oficial da União.

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Após a demissão, em depoimento à PF (Polícia Federal), o ex-ministro Sergio Moro afirma que em reunião ministerial, no dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria exigido a troca na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Neste mesmo vídeo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria dito que o STF é composto por 11 “filhos da p**”.

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O presidente esperava que apenas o trecho de vídeo fosse divulgado.

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“O que eu espero que aconteça, numa normalidade, é extrair do vídeo a parte que interessa ao inquérito para saber se houve alguma interferência minha na Polícia Federal ou não. O restante eu tratei de política internacional. Não é justo alguém achar que deve divulgar isso aí”, disse Bolsonaro.

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