O aleitamento materno e sua relação direta com os serviços de saúde

(Rovena Rosa/Agência Brasil)

Comemoramos na terça-feira da semana passada, 19 de maio, o “Dia Nacional de Doação de Leite Humano”. Para os Bancos de Leite Humano do Brasil, esse dia representa um momento especial de sensibilização da sociedade para a importância da doação de leite humano.

É necessário que se estimule constantemente a doação de leite materno, bem como que haja a promoção de debates sobre a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano, além de manter atualizadas as divulgações sobre os bancos de leite humano nos Estados e nos municípios.

Como mãe, considero o aleitamento materno de suma importância para que o bebê receba os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. A amamentação atua na otimização do neurodesenvolvimento do bebê, no fortalecimento do sistema imunológico, no equilíbrio endocrinológico e também na prevenção de doenças em curto, médio e longo prazo. Além disso, é durante a amamentação que o vínculo entre a mãe e o bebê se manifesta de forma ainda mais íntima.

Bebês prematuros ou que, por diversas razões, foram desmamados cedo e precisam do leite humano por recomendação médica, dependem dos Bancos de Leite Humano para o seu crescimento saudável. O Banco de Leite Humano (BLH) tem, portanto, papel essencial quando o desmame precoce ocorre, tanto no apoio à mulher e à família no aleitamento materno quanto no incentivo às nutrizes a amamentar por mais tempo.

O Ministério da Saúde informa que toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. Ainda, afirma que qualquer quantidade de leite pode ajudar. Um litro de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia.

Em Minas Gerais, o Banco de Leite Humano da Maternidade Odete Valadares atua há mais de três décadas e é um dos maiores do Estado. Durante a pandemia do coronavírus, este BLH continua funcionando seguindo os protocolos de segurança e com cuidados em todo o processo de coleta e processamento (pasteurização).

Segundo a coordenadora do BLH da Maternidade Odete Valadares, Maria Hercília de Castro Barbosa, a única mudança com o coronavírus foi o não atendimento na casa das doadoras. A triagem é feita pelo telefone, os exames são enviados por e-mail e a médica os analisa para verificar a viabilidade da doação. Com a aprovação da doadora, um funcionário da maternidade busca o leite na porta da casa dessas mulheres lactantes.

No que diz respeito ao impacto econômico da interrupção precoce da amamentação, o estudo “O custo de não amamentar” apoiado pela iniciativa americana “Alive & Thrive”, focada em nutrição infantil, indica que essa interrupção custa quase US$ 1 bilhão por dia devido à perda de produtividade e aos custos com saúde.

Esses dados e informações demonstram o alinhamento da promoção do aleitamento materno a dois de meus compromissos de mandato: priorizar os direitos das crianças e aumentar a eficiência da gestão pública, nesse caso em especial com a área de saúde. Nesse sentido, com o propósito de aplicar recursos no atendimento materno-infantil, destinei verba de emenda parlamentar para a Maternidade Odete Valadares.

Como deputada e mãe de duas crianças, aproveito para convidar as lactantes que produzem um volume de leite além da necessidade do seu bebê, a procurarem um Banco de Leite Humano. Sigamos juntas no compromisso de assegurar os direitos das crianças mineiras.

Laura Serrano[email protected]

Laura Serrano é deputada estadual eleita com 33.813 votos pelo partido Novo. Economista, Mestre pela Concordia University (Canadá), pós-graduada em controladoria e Finanças e graduada pela UFMG com parte dos estudos na Université de Liège (Bélgica). É membro da Golden Key International Honour Society (sociedade internacional de pós-graduados de alto desempenho).

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