A PF (Polícia Federal) cumpre, desde o início da manhã desta quarta-feira (27), ordens judiciais de busca e apreensão contra políticos, empresários e blogueiros investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por propagação de notícias falsas e ataques à Corte.
Ao todo, 29 mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Dentre os investigados estão o empresário Luciano Hang, dono da loja Havan; o blogueiro Allan Santos, do site Terça Livre; a militante bolsonarista Sara Winter e o político Roberto Jefferson, presidente do PTB e aliado recente de Jair Bolsonaro.
As ordens judiciais de busca e apreensão foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
A PF cumpre, hj, ordens judiciais que visam instruir o INQ nº 4.781 do STF.
— Polícia Federal (@policiafederal) May 27, 2020
São cumpridos 29 Mandados de Busca e Apreensão no âmbito do procedimento conduzido pelo Exmo. Senhor Ministro Alexandre de Moraes.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas no DF, RJ, SP, MT, PR e SC. pic.twitter.com/WJgrNwnIOC
Críticas
Pelas redes sociais, os investigados contestaram a operação (veja abaixo). O deputado estadual de São Paulo, Douglas Garcia, disse que a apreensão de celulares e computadores em seu gabinete é uma perseguição do STF.
Sara Winter, que também teve os eletrônicos levados pela Polícia Federal, atacou o ministro do STF. “Moraes, seu covarde, você não vai me cala”, escreveu.
Polícia Federal no meu gabinete: a perseguição do inquérito inconstitucional 4.781 estabelecido pela ditatoga com o intuito de criminalizar a liberdade de expressão e a atividade parlamentar. pic.twitter.com/IwP1jkFBow
— Douglas Garcia (@DouglasGarcia) May 27, 2020
A Polícia Federal acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!! pic.twitter.com/AxYLe89JyW
— Sara Winter (@_SaraWinter) May 27, 2020
Relembre
O inquérito que apura a propagação de notícias falsas e ataques ao STF foi instaurado pelo presidente da corte, ministro Dias Toffoli, no dia 14 de março de 2019.