Idosa desaparece de dentro de casa e família busca respostas há mais de 1 ano: ‘Onde está dona Nelsinda?’

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Idosa desapareceu de dentro de casa em fevereiro de 2019 (Arquivo Pessoal)

Uma família do município de Naque, no Vale do Rio Doce, está há mais de um ano pedindo ajuda para descobrir o paradeiro de uma senhora que desapareceu de dentro de casa.

Dona Nelsina Gregório da Silva sumiu na madrugada do dia 3 de fevereiro de 2019 e até hoje, além da preocupação e da angústia, a família ainda precisa lidar com a falta de respostas das autoridades sobre o caso.

Beatriz Gonçalves, nora do marido de Nelsina, contou ao BHAZ que a mulher vivia em uma cidade vizinha e, como não tinha filhos ou nenhum parente próximo, se mudou quando a família descobriu que ela sofria de Alzheimer. “Ela só tinha um sobrinho que visitava às vezes, mas descobrimos o Alzheimer, procuramos ajuda profissional e eles constataram que ela não tinha condições de viver sozinha”, relata.

A idosa passou a viver com o marido, que também tem Alzheimer, em uma casa em Naque, de onde desapareceu misteriosamente no ano passado. Beatriz conta que os dois tinham um cuidador e que os familiares iam até a casa todos os dias: “No domingo a gente chegou lá para fazer o café da manhã e o meu sogro estava desesperado falando que ela não estava em casa”.

Sem respostas

Até hoje, ninguém consegue entender como a idosa desapareceu. Segundo Beatriz, ela sumiu de dentro de casa e o local não tinha nenhum indício de arrombamento. “Como estava muito quente na época, eles estavam dormindo de janela aberta e depois a gente percebeu umas gotículas de sangue na janela, mas era muito alto, ela não conseguiria pular e nunca deixaria o meu sogro”, explica.

As suposições aumentam à medida que o tempo passa sem que a família tenha respostas das autoridades. “A gente não sabe se [a investigação] parou, se arquivou, eles não falam com a gente pra nada… A gente vive sem respostas”, conta Beatriz.

Como o marido de Nelsinda também sofre de Alzheimer, ele não consegue se lembrar de nada da noite do desaparecimento, o que também complica a situação.

Mobilização

Além de relatar o desaparecimento junto à polícia, a família também agiu por conta própria, mobilizando outros moradores para tentar encontrar Nelsinda: “Tudo que a gente pode fazer a gente fez. Imprimimos foto dela e espalhamos nas cidades vizinhas, fomos em asilos, hospitais, criamos uma página no Facebook”.

Com o tempo, a página no Facebook, intitulada “Onde está dona Nelsinda?” também virou espaço de divulgação de outras pessoas desaparecidas e acabou se transformando em uma rede de busca de informações.

Mistério

Apesar de todos os esforços, a família ainda não tem nenhuma pista do paradeiro da mulher e a preocupação só aumenta. Beatriz conta que, depois do desaparecimento de Nelsinda, o sogro se mudou para a casa dela e a rotina mudou: “Eu não confiei em deixar mais ninguém cuidar dele, porque eu temia pela vida dele”, conta Beatriz.

Mesmo mantendo as esperanças, a cada dia sem informações que possam ajudar, a família fica mais angustiada: “Os vizinhos falam que ninguém viu, ninguém sabe de nada e o mistério continua há mais de um ano, com tantas perguntas e nenhuma resposta”, diz.

Procurada, a Polícia Civil de Minas Gerais se limitou a informar que “foi instaurado inquérito policial e que as investigações seguem em andamento”. A polícia reforça que quem tiver alguma informação sobre o desaparecimento pode colaborar pelo 0800 2828 197.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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