Com Rafael D’Oliveira
A segunda etapa da flexibilização do comércio de Belo Horizonte, durante a pandemia da Covid-19, pode não acorrer nos próximos dias. A causa é a mudança nos índices de monitoramentos realizados pela prefeitura, que deve realizar uma nova análise dos levantamentos feitos até agora.
Dados recebidos pelo BHAZ apontam que o medidor de alerta geral chegou ao nível vermelho, o que impossibilitaria a continuidade da reabertura gradual. Já o médico infectologista Carlos Starling, que integra o Comitê de combate à Covid-19, da PBH, explica que os dados precisam ser revisados (veja abaixo).
A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) se baseia na análise de três indicadores para determinar a flexibilização ou não da atividade comercial:
- Número médio de transmissão por infectado (Rt);
- Ocupação de leitos UTI para Covid-19 e
- Ocupação de leitos de enfermaria para Covid-19.
De acordo com o monitoramento da PBH, a que o BHAZ teve acesso, o Rt de Belo Horizonte chegou a 1,21. Isto representa a capacidade de uma pessoa infectada pelo vírus passar a doença para outras. Na sexta-feira passada, quando a PBH anunciou a reabertura de alguns setores do comércio, o Rt estava em 1,09 – nível amarelo.
O gráfico aponta ainda que os leitos UTI para a enfermidade operam com 48% da totalidade (verde), enquanto os de enfermaria – 40% – também verde.
“Os dados precisam ser revistos. Questionamos os números apresentados e amanhã teremos uma nova reunião para definirmos [o avanço ou não da flexibilização]”, explicou Starling ao BHAZ.
Coletiva
Uma coletiva está marcada com os membros do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 e secretários municipais na sede da PBH para às 14h, desta sexta-feira (29). Nela será apresentado o balanço da primeira semana de reabertura da capital.
Dados do Boletim Epidemiológico da PBH mostram que a capital mineira tem 1.674 casos confirmados de Covid-19 e 46 óbitos, até esta quinta-feira (28),