Professor da UFMG explica como evitar problemas com o carro parado durante o isolamento

carro parado na pandemia
Bateria é uma das partes mais sensíveis à inatividade do veículo (DragonImages/Envato/Reprodução)

Com UFMG

As medidas de distanciamento social reduziram o número de carros em circulação nas ruas e avenidas das cidades, e alguns veículos estão parados. A inatividade dos automóveis pode trazer problemas, segundo o professor José Eduardo Mautone Barros, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia da UFMG.

Em reportagem da TV UFMG, o professor ressalta os cuidados com os pneus, bateria e combustível do carro. Entenda como prevenir problemas no funcionamento do veículo.

Pneus

O cuidado com os pneus está relacionado com o vazamento natural dessas peças. Segundo o professor, a perda de pressão precisa ser reposta, principalmente após deixar o veículo parado por um longo período. “Isso piora porque a posição não é alterada e o vazamento fica mais intenso com o passar do tempo”, detalha.

Quando retornar à circulação habitual com os carros, é importante continuar com a atenção aos pneus. “É recomendado que quando estiver utilizando o veículo normalmente, se faça a verificação da pressão uma vez por semana”, orienta.

Bateria

Outro elemento sensível à inatividade é a bateria. José Eduardo explica que o funcionamento do carro é o que carrega a bateria continuamente. “Enquanto o motor está ligado, a bateria está sendo recarregada. Se para a atividade, a bateria vai descarregando aos poucos, é uma perda natural da própria bateria”, ressalta.

Além do descarregamento natural, vários sistemas do veículo continuam funcionando, como o de alarme, por exemplo. Assim, a energia da bateria vai sendo consumida.

Para prevenir problemas com essa peça, o professor aconselha a colocar o motor do veículo para funcionar de tempos em tempos. “Seria aconselhável para veículos parados, ligar periodicamente o veículo para recarregar essa bateria”, afirma.

Combustível

No caso do combustível, o professor explica que há diferença entre o etanol e gasolina. O etanol é um produto puro, tem pouca água e não se decompõe com o tempo. “Então ele se mantém estável durante longos períodos de tempo”, garante.

Apesar disso, há um processo de evaporação com o tempo. Mas José Eduardo afirma que se o tanque estiver acima da reserva, é improvável que haja problemas por falta de combustível, ou deterioração do etanol.

Por outro lado, a gasolina exige maiores cuidados. Segundo o professor, o combustível é um hidrocarboneto e sofre uma polimerização ou envelhecimento com o tempo. “Se você deixar o veículo parado, esse combustível vai ter uma tendência a polimerizar e formar uma goma por cima, como se fosse uma tinta que vai secando, formando uma nata”, detalha.

Esse processo pode causar entupimentos na bomba e na linha de combustível, nos injetores ou até no motor do carro. O especialista explica que ligar o automóvel de vez em quando pode já ajudar a misturar um pouco desse combustível, mas o ideal é renovar o conteúdo do tanque uma vez por mês.

“Então você iria ao posto, encheria um pouco mais o tanque. Andando um pouquinho já mistura esse combustível e você já garante um tempo a mais de sobrevivência desse combustível no veículo”, orienta.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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