Anonymous cita Bolsonaro e divulga lista de supostos envolvidos em tráfico de crianças

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Grupo Anonymous, entre diversas postagens no Twitter, sugeriu investigar se Bolsonaro tem algum vínculo com o traficante e estuprador de crianças John Casablancas (Reprodução/Twitter + Wilson Dias/Agência Brasil)

O grupo hackativista Anonymous ressurgiu neste domingo (31) e aderiu aos protestos antirracistas contra o assassinato de George Floyd pelo policial Derek Chauvin em Minneapolis, nos Estados Unidos. Durante a madrugada, o grupo publicou um vídeo no Twitter em que disseram que vão divulgar “muitos crimes” cometidos pela polícia norte-americana.

“As pessoas já se cansaram dessa corrupção e violência de uma organização que promete mantê-las seguras. Depois dos eventos dos últimos anos, muitas pessoas agora estão começando a aprender que você não está aqui para nos salvar, mas sim para nos oprimir e realizar a vontade da classe dominante criminal. Você está aqui para manter a ordem das pessoas no controle, não fornecer segurança para as pessoas que estão sendo controladas”, diz um interlocutor no vídeo.

“Esses oficiais devem enfrentar acusações criminais, e o oficial [Derek] Chauvin, especialmente, deve enfrentar acusações de assassinato. Infelizmente, não confiamos na sua organização corrupta para fazer justiça, então estaremos expondo seus muitos crimes ao mundo. Nós somos Legion. Nos aguarde”, finaliza.

Derek Chauvin é o policial preso após ajoelhar no pescoço de George Floyd e matá-lo asfixiado. O caso gerou uma onda de revolta e protestos nos EUA, que chegaram a incendiar uma delegacia e destruir diversas lojas.

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Menos de 1h depois da divulgação do vídeo, o site da polícia de Minneapolis estava fora do ar. Além de Chauvin, outros três policiais foram afastados da força de segurança após o assassinato de Floyd.

Em diversos tuítes durante a madrugada, o grupo mandou recados para o presidente Donald Trump e expôs táticas do governo norte-americano para tentar tirar a atenção da população sobre o assunto.

Bolsonaro é citado

Além disso, o Anonymous citou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sugerindo um vínculo do mandatário com uma pessoa próxima de Trump que teria envolvimento com o tráfico de crianças.

“Algo que as pessoas devem olhar no Brasil é investigar se Bolsonaro tem algum vínculo com o traficante e estuprador de crianças John Casablancas, um associado próximo de Trump que atuava como procurador de negócios de Trump no Brasil sob algum cargo obscuro e indefinido.”, escreveu.

O que é o Anonymous?

O Anonymous é um grupo de usuários da web que agem como um “cérebro comum”, usando a rede para apoiar lutas sociais. Os membros se caracterizam pelo uso da máscara de Guy Fawkes, que ficou conhecida pelo filme V de Vingança.

Até o momento, não há informações claras que identifiquem os participantes da legião. O grupo já teve importante atuação em outros eventos do passado, como a Primavera Árabe. No Brasil, os protestos de 2013 também tiveram apoio do Anonymous, que chegou a hackear a página do Twitter da revista Veja, incomodados com a conduta parcial do veículo.

Além de usaram o hackativismo para atingir contas de importantes veículos e órgãos públicos, o Anonymous usa o controle da rede para divulgar informações censuradas ou escondidas por governos.

Web reage

A internet brasileira, como era de se esperar, reagiu ao retorno do Anonymous. O fato do grupo ter citado o presidente Jair Bolsonaro fez com que muitos pedissem um “exposed”, ou seja, divulgação de informações confidenciais do governo brasileiro. E os memes não foram deixados de lado. Confira parte da repercussão:

https://twitter.com/dahk8ttygrzl/status/1267116539498594306?s=20
Moisés Teodoro[email protected]

Analista de mídias digitais, fotógrafo e produtor audiovisual no BHAZ. Formado em Publicidade e Propaganda no Centro Universitário UNA. No portal desde abril de 2019, também já atuou como analista de conteúdo patrocinado e repórter. Esteve em grandes coberturas como o carnaval de BH e eleições municipais. Participou de reportagens vencedoras do prêmio CDL/BH de Jornalismo em 2021 (primeiro lugar na categoria internet) e em 2019 (segundo lugar na categoria internet).

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