Nesta quinta-feira (4) será realizado o DLI (Dia Livre de Impostos) em todo o país. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a ação será feita por meio da internet.
Os descontos, conforme as lojas, pode chegar a 70%. Em Belo Horizonte, há participantes de vários seguimentos como: farmácias, lojas de calçados, joias e até supermercados.
O Apoio Mineiro, a drogaria Araújo e a Droga Clara são alguns dos estabelecimentos que já estão realizando propagandas pelas redes sociais. Essa é a 14ª edição do DLI, que pode dar fôlego ao comércio afetado pela crise da Covid-19. Clique aqui e confira mais estabelecimentos.
Segundo pesquisa feita pelo Boa Vista, órgão de crédito, 29% dos consumidores brasileiros já compram pela internet por causa do isolamento social.
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Aumento das queixas
No entanto, é só aumentar o consumo, que o número de reclamações também cresce. Dados do Procon-MG indicam que, durante a pandemia, houve um aumento de 210% nas contestações em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Somente em março e abril, período em que foram estabelecidas medidas de isolamento social no país e no Estado, o Procon-MG recebeu 2,472 manifestações, o que representa um crescimento de 210% em relação ao mesmo período em 2019, em que foram recebidas 797 manifestações pelo órgão de defesa do consumidor”, informa o órgão.
O Procon destaca que a pandemia alavancou as reclamações. “De 862 manifestações recebidas por telefone em março e abril deste ano, 384 (44,5%) se relacionaram a questões envolvendo consequências da Covid-19”, afirma.
Por conta disso, os compradores devem ficar atentos às ofertas para não cair em pegadinhas ou sofrer golpes. Segundo a advogada especialista em direito do consumidor, Ana Carolina Caram, pesquisas e comparações de preço, podem evitar a dor de cabeça no futuro.
“No momento de crise, como o que estamos passando, o consumidor se depara com situações em que acha que vai ter um desconto ou uma oferta e acaba se interessando em realizar a compra. Mas, é preciso estar atento e verificar a procedência das empresas, fazer pesquisa sobre reclamações, buscar listas de procedência fornecidas pelos órgãos de defesa do consumidor”, sugere a especialista.
Para facilitar a sua vida, o BHAZ detalhou as dicas da especialista. Confira:
É compulsão?
Ana Carolina recomenda que o consumidor analise a emergência de se adquirir qualquer objeto. “Verifique a necessidade real do que está comprando. Lembre-se que estamos em um momento de crise financeira, com um cenário incerto. Portanto, façam uma compra consciente”, explica.
Esse desconto é real?
Outra dica importante tem relação com a redução do preço. “Verifique se o produto realmente tem o desconto que está sendo oferecido. Cheque o preço anterior e olhe em outros sites e outras lojas. Entender se o desconto é real é fundamental para não cair em uma pegadinha. Desconfie de ofertas muito abaixo do valor de mercado”, detalha.
Use cartões virtuais
A advogada recomenda ainda que os consumidores prefiram a tecnologia. “Aconselho também que as pessoas utilizem o cartão de crédito virtual dos bancos para conseguir proteger seus dados e evitar que eles sejam clonados, capitados ou fraudados por golpistas”.
Guarde todos os documentos
A defensora relembra ainda que é necessário guardar todos os documentos relacionados à transação para evitar problemas futuros. “Junte e guarde todos os documentos da compra: e-mail, protocolo e CNPJ da empresa. Tenha todas as informações em relação à loja e a compra e o cupom fiscal que demonstre todas essas isenções prometidas. Isso é útil para entrar em contato com o Procon ou Ministério Público caso o consumidor se sinta lesado. Mas o cidadão também precisa fazer o seu papel, pesquisando e se resguardando”, conclui a especialista.