Minas Gerais atingiu a marca de 399 óbitos confirmados por Covid-19. O número de óbitos dobrou em 19 dias. Ainda assim, o governo não considera a possibilidade de adotar o chamado “lockdown” – em que cidades inteiras seriam fechadas para conter o avanço da doença. Segundo o governo, as medidas serão focadas em uma retomada controlada do comércio. No entanto, restrições mais duras poderão voltar a ser adotadas.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (9), o secretário-adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, afirmou que por hora não se cogita uma medida mais drástica. “O lockdown é o fechamento absoluto de tudo. Se seguirmos, como temos seguido, os nossos protocolos, a nossa ideia é fazer uma retomada sob controle, ponderada e pensada com os números que temos”, declarou.
Cabral reforçou ainda a conscientização individual, mas admitiu que o governo não deixaria recuar em alguma medida. “Se tivermos que dar um passo atrás, nós vamos fazer isso”, garantiu.
Pico da pandemia
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que o pico da pandemia ainda não foi atingido. No entanto, reforçou que o objetivo é evitar que altos picos sejam atingidos. “As medidas que foram adotadas no passado conseguiram alterar a tendência no estado. Temos o objetivo de evitar o pico que estaria programado para julho”, declarou.
Nesta terça, 9 de junho, seria o dia em que uma das primeiras análises da secretaria previu o pico da epidemia em Minas, com 2899 casos confirmados em 24 horas. No entanto, foram confirmados somente 219 pacientes de Covid-19 no último boletim da Saúde.
O secretário explicou que, apesar dos números, eles não dão abertura para uma flexibilização exagerada. “A flexibilização é uma flutuação com momentos maior ou menor rigor. Isso será uma constante durante a epidemia”, disse.
Ocupação de leitos
O secretário também atualizou a informação sobre a ocupação de leitos em Minas. Segundo Amaral, 72% dos leitos de UTI estão ocupados, enquanto a taxa de ocupação de leitos de enfermaria é de 70%.
O secretário afirmou que ainda não houve a necessidade de abertura dos hospitais de campanha. No momento, Amaral encara esses outros leitos como uma retaguarda. “Se notarmos uma tendência da ocupação de leitos, a conduta correta não é começar a abrir leitos, a conduta correta é voltarmos a ter o isolamento adequado”, declarou.
Números oficiais
Os mais novos números oficiais divulgados pelo Governo de Minas são:
- 399 óbitos
- 8.340 casos em acompanhamento
- 16.102 casos confirmados
- 7.363 casos recuperados