Corpo de motorista de app é localizado duas semanas após desaparecimento; adolescente armou emboscada

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(FOTOS ILUSTRATIVAS: Moisés Santos/BHAZ + Amanda Dias/BHAZ)

ATUALIZAÇÃO ÀS 17H45 DO DIA 12/06/2020: O texto foi atualizado com o intuito de reforçar que um dos suspeitos do crime alega que a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Essa acusação é investigada pela Polícia Civil.

A Polícia Civil identificou dois suspeitos de assassinarem um motorista de aplicativo, de 37 anos, na cidade de Corinto, na região Centro de Minas Gerais. Existe a suspeita de que o crime tenha sido motivado por conflito entre grupos envolvidos com o tráfico de drogas na região metropolitana de Belo Horizonte. O corpo da vítima foi localizado em 8 de junho, mais de 20 dias após seu desaparecimento.

Conforme apurado, no dia 16 de maio, a vítima havia realizado o transporte de um adolescente de 17 anos e a namorada dele, que fariam uma entrega de drogas. Na estrada, os jovens descobriram que o motorista morava em um bairro rival com conflito do tráfico de drogas em Ibirité e Contagem. Além disso, o rapaz também teria desconfiado de um suposto envolvimento do condutor com rixas antigas na região.

Segundo a Polícia Civil, no mesmo dia, o adolescente deixou agendada uma segunda corrida para 18 de maio, partindo de Betim, já planejando o homicídio. Em Corinto, o jovem se juntou a outro indivíduo, maior de idade, e, enganando a vítima, conduziu-a até uma estrada rural que há anos não é utilizada.

No local, o comparsa teria segurado o motorista pelo cinto de segurança do veículo, enquanto o adolescente desferiu um golpe com canivete na altura da garganta dele. A vítima ainda tentou se desvencilhar, abrir a porta do carro e correr, mas foi novamente golpeada. O corpo foi abandonado em um local onde não há trafego de pessoas nem carros.

A Polícia Civil conseguiu a qualificação dos envolvidos no assassinato e os conduziu à delegacia, onde, após quase seis horas de interrogatório ininterrupto, um dos suspeitos acabou por confessar o crime. Na sequência, o outro investigado também confirmou participação no delito. Por não haver situação de flagrante, a dupla teve de ser liberada.

A PCMG deve concluir o inquérito nas próximas semanas com o pedido de prisão e apreensão dos suspeitos. Se confirmada a dinâmica do crime, eles devem responder por latrocínio.

Com a Polícia Civil

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