Covid-19: Kalil exalta ciência, fala sobre reabertura de bares e lembra ‘falta de harmonia’ com Zema

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Prefeito comentou reabertura gradual na capital e relação com Zema (Amanda Dias/BHAZ)

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) comentou a reabertura gradual do comércio em BH e afirmou que não há como estipular uma data para a retomada de bares e restaurantes na capital. Em entrevista à jornalista Leda Nagle nesta quinta-feira (11), Kalil voltou a exaltar o papel da ciência no combate ao novo coronavírus e também defendeu que a economia não é a preocupação inicial.

“Nós temos uma linha e vamos seguir até o fim: preservar vidas. Depois nós temos que cuidar da parte econômica, esse é o segundo passo. O primeiro passo é salvar vidas na cidade de Belo Horizonte”, pontuou o prefeito. Ele também voltou a reforçar que, na capital, a ciência determina as decisões: “Você segue uma linha acreditando que a Terra é redonda ou uma linha acreditando que a Terra é plana. Eu escolhi a linha da ciência, da UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais]”.

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Belo Horizonte : a retomada está a pleno vapor

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Kalil citou ainda o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, organizado pela PBH para orientar as decisões tomadas pela administração. “O chefe de infectologia da UFMG faz parte do nosso grupo, o presidente da Associação Mineira de Infectologia também. O dr. Carlos [Starling], que é um infectologista de renome internacional, também. Nós estamos seguindo com coragem a recomendação de quem conhece muito a matéria”, disse.

‘É a guerra’

Questionado sobre a possibilidade de autorizar a reabertura de bares e restaurantes na capital, o prefeito defendeu que não tem como determinar um período exato: “Quem fala em data é astrólogo, médico não fala em data. Nós não estamos mexendo com astrologia”.

De acordo com Kalil, não é possível estipular datas porque se trata de um cenário muito incerto. “O problema dessa doença é que não sabemos. É a guerra, e na guerra se muda de estratégia toda hora”, pontuou. Ele também comentou que será difícil retomar as atividades no setor de vestuário.

Outra atividade descartada pelo prefeito para um futuro próximo é o futebol, que ele classificou como “a coisa mais importante das menos importantes”.”Se você me falar que vai transmitir um jogo de futebol, eu te falo sem medo de errar, que você está aglomerando pelo menos 300 pessoas, sem público. O Luxemburgo não vai entrar, o Kalil não vai entrar, o Cuca também não… Aí nós vamos brincar de futebol”, argumentou.

‘Faltou harmonia’

Na entrevista, Kalil também comentou a falta de harmonia com o governador Romeu Zema (Novo). Ele alegou que tentou coordenar o fechamento das atividades com o governo estadual, mas não conseguiu: “A partir deste momento, a harmonia acabou”.

Ele citou ainda a preocupação com a circulação de moradores do interior, possivelmente infectados, na capital e a incapacidade do Estado em realizar testes na população: “Eu acho que no Brasil inteiro faltou harmonia. Penso que, com uma liderança forte, nós poderíamos estar melhores”.

O prefeito ainda elogiou a postura dos moradores da capital e defendeu que, em comparação com a situação do país, Belo Horizonte está conseguindo controlar a pandemia. No entanto, ele reforçou: “A guerra não acabou. Quem mexe com futebol sabe: o juiz tem que apitar”.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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