Você já imaginou como seria se tivesse nascido do sexo oposto? O aplicativo Faceapp tem uma função que transforma o gênero de uma pessoa na foto e permite que o usuário possa ter essa ideia. A brincadeira viralizou nas redes sociais e nem os famosos escaparam das montagens.
No entanto, a repercussão do app levantou novamente um debate sobre a captura de dados pessoais. A política da empresa, conforme os próprios documentos mostrados no app, não garante a privacidade do usuário. Para entrar na brincadeira, é preciso concordar com termos vagos, que não deixam claro nenhuma proteção ao usuário e ainda coletam dados de comportamentos pessoais.
A falta de informação não impediu que o aplicativo atingisse 2 milhões de downloads na Play Store. No Twitter, o Faceapp foi um dos assuntos mais comentados neste sábado (13). A mudança de gênero permitida pelo app voltou a viralizar e as montagens com fotos de celebridades e até políticos se multiplicaram na web.
O faceapp não deixou o bolsonaro a cara da Meredith Grey não né KKKKKKKKKKKKK plmds eu sou fã ja assisti muitas vezes, não me cancelem. pic.twitter.com/m9AAKLl9VT
— Agner (@userr___) June 13, 2020
Madonna ??? pic.twitter.com/SmvQR8ydZc
— Loki ? #GirlLikeMeJune19th (@EyesLikeShak) June 9, 2020
Ok eu me rendi e quis zoar um pouco no FaceApp
— Ⱡucas☕P̶i̶n̶ (@pinfay_lucas) June 13, 2020
Com vocês:
Nandinha Moura, Felipa e castanha pic.twitter.com/5MJb2vLBNw
Vi algumas pessoas na tl falando de faceapp e decidi brincar com o elenco do Flamengo
— OsFlanaticos (de ?) (@OsFlanaticos_) June 13, 2020
Alguns ficaram muito engraçados kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk pic.twitter.com/okVKwB0uzX
Privacidade dos dados
Com toda a repercussão, algumas pessoas relembraram os, já conhecidos, problemas do app na privacidade de usuários. No documento que é apresentado no momento da instalação, a própria empresa responsável pelo Faceapp afirma que irá coletar dados sobre as páginas que o usuário visita na web, o endereço IP e até mesmo o tipo de navegador que usa.
A plataforma deixa explícito que esses dados podem ser fornecidos a parceiros de publicidade. A empresa ainda deixa claro que poderia contornar jurisdições locais, ao armazenar as informações em servidores dos EUA, que não possui leis específicas para o compartilhamento de dados.
Além de toda essa questão da privacidade, a plataforma também dá a si mesma o direito sobre as fotos enviadas ao app. Conceder esse direito ao Faceapp é uma ação irrevogável descrita nos Termos de Uso que o usuário precisa concordar para ter acesso ao recurso.
o ciclo do Faceapp é real
— John (@samuraixodo) June 13, 2020
alguém vem “Olha esse app, que legal, tem filtro de velho”
aí sai a noticia “Aplicativo Faceapp é notificado após venda de informações “
todo mundo para de usar
aí 4 meses depois “Olha esse app, ele tem filtro de velho”
n era o faceapp q tinha feito termos amplamente vagos onde poderiam fazer o q bem entender com nossos rostos? isso n tinha sido um problema ano passado qndo geral tava usando pra “ficar velho”? isso caiu no esquecimento, geral ta confiante de q os termos mudaram e tudo bem?
— Rods (@Rods015) June 13, 2020