App que muda gênero viraliza, mas pode oferecer risco aos dados do usuário

faceapp volta a viralizar
Montagens com famosos estão viralizando nas redes sociais (@EyesLikeShak/Twitter/Reprodução)

Você já imaginou como seria se tivesse nascido do sexo oposto? O aplicativo Faceapp tem uma função que transforma o gênero de uma pessoa na foto e permite que o usuário possa ter essa ideia. A brincadeira viralizou nas redes sociais e nem os famosos escaparam das montagens.

No entanto, a repercussão do app levantou novamente um debate sobre a captura de dados pessoais. A política da empresa, conforme os próprios documentos mostrados no app, não garante a privacidade do usuário. Para entrar na brincadeira, é preciso concordar com termos vagos, que não deixam claro nenhuma proteção ao usuário e ainda coletam dados de comportamentos pessoais.

A falta de informação não impediu que o aplicativo atingisse 2 milhões de downloads na Play Store. No Twitter, o Faceapp foi um dos assuntos mais comentados neste sábado (13). A mudança de gênero permitida pelo app voltou a viralizar e as montagens com fotos de celebridades e até políticos se multiplicaram na web.

Privacidade dos dados

Com toda a repercussão, algumas pessoas relembraram os, já conhecidos, problemas do app na privacidade de usuários. No documento que é apresentado no momento da instalação, a própria empresa responsável pelo Faceapp afirma que irá coletar dados sobre as páginas que o usuário visita na web, o endereço IP e até mesmo o tipo de navegador que usa.

A plataforma deixa explícito que esses dados podem ser fornecidos a parceiros de publicidade. A empresa ainda deixa claro que poderia contornar jurisdições locais, ao armazenar as informações em servidores dos EUA, que não possui leis específicas para o compartilhamento de dados.

Além de toda essa questão da privacidade, a plataforma também dá a si mesma o direito sobre as fotos enviadas ao app. Conceder esse direito ao Faceapp é uma ação irrevogável descrita nos Termos de Uso que o usuário precisa concordar para ter acesso ao recurso.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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