O Governo de Minas Gerais está intensificando a ampliação da estrutura hospitalar por causa da aceleração do número de casos do novo coronavírus no Estado. O pico da doença deve ocorrer nas próximas semanas. Nesta terça-feira (16), o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a aquisição de 500 respiradores que serão distribuídos aos municípios. “Apesar disso, não é hora de relaxarmos”, alertou o mandatário.
Preocupado, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, admitiu uma aceleração dos números e deu início a uma rodada de videoconferências com secretários municipais e prefeitos para tentar conter o avanço do vírus.
Nada de relaxamento
“Toda medida que se toma no Estado demora 14 dias para se ver os resultados. Com essas reuniões, esperamos que nessa semana ou semana que vem tenhamos uma pequena redução no número de casos. É importante que esse gestores entendam que não é momento para uma grande flexibilização, ou mudança de comportamento. É preciso manter o isolamento e o uso de máscaras. Não gostaríamos de ter um pico em Minas Gerais”, disse o secretário.
Minas tem, até o momento, 502 mortes provocadas pelo vírus e 22 mil infectados em todo o Estado, de acordo com dados do boletim epidemiológico desta terça. Confira o que mudou em relação aos número dessa segunda (15):
- 22.024 casos confirmados (3,01% de aumento)
- 502 mortes provocadas pela doença (5,68% de aumento)
- 9.696 casos em acompanhamento (0,55% de redução)
- 11.826de casos recuperados (6,01% de aumento)
Respiradores
Em pronunciamento na Cidade Administrativa, Zema disse que esta é a primeira leva de 1047 equipamentos que devem chegar a Minas Gerais. Os 500 primeiros respiradores foram adquiridos com valores advindos da tragédia da Samarco, em Mariana.
“Serão 20 respiradores enviados para Valadares e Diamantina, que carecem desses equipamentos por conta do crescimento no número de casos, e o restante será distribuído pela secretaria”, explicou o governador.
Dos 500 equipamentos, 420 estão sendo pagos com valores de ações do Estado contra a Samarco. São 300 respiradores não invasivos, que são modelos mais simples e 120 invasivos. Outros 80 respiradores vieram do Governo Federal.
A ação foi viabilizada junto ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), a AGE (Advocacia Geral do Estado) e a Justiça Federal.
Estratégia
Zema adiantou que 79 novos leitos devem ser reabertos no Estado. O governo aposta na estratégia de ampliar a rede de leitos já disponíveis antes de usar o hospital de campanha construído no Expominas, em BH.
“Minas passa a contar com 2964 leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva). É uma estrutura muito superior a 90 dias atrás quando epidemia chegou e se iniciou. Essa expansão já ocorreu em BH, onde os hospitais Julia Kubitschek e Eduardo de Menezes também tiveram leitos ampliados”, afirma o governador.
Zema diz que a situação do Estado, apesar do aumento de casos e óbitos, ainda está sobe controle. “O número de UTIs ocupadas com pacientes de Covid-19 é de 13,2%. Não é mais uma situação confortável como o que tínhamos a 40 ou 60 dias atrás, mas ainda temos um bom colchão de segurança. Mas isso não quer dizer que seja o momento de relaxar”, destacou o mandatário.
