JN critica ‘negligentes’ ao noticiar 50 mil mortes pela Covid-19

william renata jornal nacional
William Bonner e Renata Vasconcelos anunciam 50 mil mortes pela Covid-19 (Twitter/Reprodução)

O Jornal Nacional desse sábado (20) trouxe um momento forte ao noticiar as mais de 50 mil mortes pelo novo coronavírus no Brasil. Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos foram enfáticos durante a fala, criticando quem tem sido omisso nesta pandemia. Bonner ainda falou sobre uma “minoria barulhenta” que não quer ver a tragédia no telejornal. Nas redes sociais, o vídeo foi muito compartilhado.

“A história vai registrar também aqueles que se omitiram, que foram negligentes, que foram desrespeitosos. A história atribui glória e atribui desonra. E história fica para sempre”, afirmou Bonner.

Logo após a escalada, a parte inicial do telejornal, os apresentadores relembraram o dia em que pediram aos telespectadores para tirar “um minuto para respirar”.

“Uma nação se define como uma reunião de pessoas que partilham sentimentos, afeto, laços, cultura, valores, uma história comum. Empatia é a capacidade que o ser humano tem de se colocar no lugar do outro, de entender o que o outro sente”, iniciou a apresentadora Renata Vasconcelos.

A jornalista continua e afirma que “uma nação chora seus mortos, se solidariza com aqueles que perderam pessoas queridas. 50 mil. Diante de uma tragédia como essa, uma nação para, ao menos um instante, em respeito a tantas vidas perdidas. É o que o Jornal Nacional está fazendo agora diante desses rostos que temos perdido desde março”, disse a apresentadora.

Bonner foi o responsável por dar continuidade ao momento. “É um sinal muito triste dos tempos que vivemos, que tenhamos que explicar esta atitude. Não para a imensa maioria do povo brasileiro, de jeito nenhum, mas para uma minoria muito pequena, mas muito barulhenta, para quem o que nós fazemos, o jornalismo profissional, deveria, se não fechar completamente os olhos para essa tragédia, pelo menos não falar dela com essa dor”, disse o âncora do Jornal Nacional.

“O JN já pediu, você lembra, que a gente parasse para respirar porque tudo vai passar. O JN já lembrou que as vidas perdidas não podem ser vistas só como números. E a gente pede mais uma vez, a gente repete também que 50 mil não são um número, são pessoas que morreram numa pandemia. Elas tinham família, mães, pais, tios, avós, colegas de trabalho”, concluiu.

Repercussão

Nas redes sociais, as pessoas compartilharam o momento, associando às críticas, principalmente, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Veja a repercussão:

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!