Forças de segurança do Rio de Janeiro e de Minas Gerais realizam operação, desde o início da manhã desta terça-feira (23), na região Norte de Belo Horizonte para cumprir mandados em casas de parentes de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar. Ela é considerada foragida desde a última quinta-feira (18), quando Queiroz foi detido em Atibaia, no interior de São Paulo.
Os agentes cumpriram dois mandados na rua Francisco Spino por volta das 7h de hoje, em um imóvel de três pavimentos. “Trata-se de um apoio da Polícia Militar de Minas Gerais. Estamos apoiando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Rio de Janeiro, que solicitou o cumprimento de quatro mandados em território mineiro”, afirmou o porta-voz da PM mineira, major Flávio Santiago.
A madrinha de Márcia seria moradora de um dos imóveis no bairro São Bernardo. Ela teria falecido neste mês, segundo informações do G1. No térreo da construção do primeiro endereço visitado, no número 265, funciona o Açaí Chico Spino. O estabelecimento comercializa no iFood salgados, bebidas alcoólicas e sorvetes, além de suco e creme de açaí.
A operação é liderada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério Público e da Polícia Militar mineiros.
Queiroz
Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), foi preso na manhã da última quinta-feira (18). Ele estava em Atibaia (SP), na região do Vale do Paraíba, em um imóvel do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef (relembre aqui).
A ação faz parte da Operação Anjo, que cumpre ainda outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça, relacionadas ao inquérito que investiga a chamada rachadinha, em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) devolveriam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
Na madrugada de sábado (20), a desembargadora Suimei Cavaleiri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou o pedido de substituição de prisão preventiva por domiciliar, feito pelo advogado Paulo Catta Preta ao Queiroz.
Segundo o Ministério Público fluminense, o ex-assessor dizia à Justiça que não podia depor porque estava com “problemas de saúde”, mas realizava churrasco. Em uma troca de mensagens com Márcia, disse que viu o rebaixamento do Cruzeiro, em 2019, “tomando uma Corona com limãozinho”.
“Até que enfim, hein mulher. Devia ter tomado todas ontem. Nós fizemos um churrasquinho aqui. Vimos o Cruzeiro ser rebaixado tomando uma Corona aqui com limãozinho… Muito bom”, escreveu para Márcia Oliveira de Aguiar (veja mais aqui).
Com Agência Brasil