Um movimento quer acabar com programas policiais na televisão aberta. A ideia legislativa ganhou força na internet e já conta com mais de 2,5 mil assinaturas. O objetivo é proibir que esse tipo de programa seja exibido das 6h às 22h. Nas redes sociais, as pessoas apoiam a campanha.
“Existe uma grande diversidade de conteúdo que podem ser produzidos pelas empresas midiáticas. No entanto, existem empresas (principalmente as regionais) que recorrem a programas que espalham notícias violentas sob pretexto de ‘informar'”, diz trecho da Ideia Legislativa feita por Jonas Rafael Rossato. A ideia completa pode ser vista por aqui.
Em um grupo fechado do Facebook, a postagem já conta com mais de 4 mil curtidas e 3 mil comentários, com amplo apoio. “A exibição de programas violentos no horário livre faz com que crianças e adolescentes possam assistir acidentes, assassinatos, sangue, perseguições e diversas outras atitudes consideradas proibidas pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)”, escreveu Jonas.
“Além disso, na comunicação com o telespectador, existe o discurso especulativo e violento dos apresentadores desses programas e entrevistados que violam a princípio da inocência”, completou.
Quando a ideia recebe 20 mil assinaturas, ela se torna uma Sugestão Legislativa e é debatida pelos Senadores.
Nas redes sociais, as pessoas apoiam o movimento e divulgam a iniciativa. Veja a repercussão:
Constrangimento na TV
A ideia de proibir os programas policiais começou a ganhar força após a Record constranger a filha de homem que havia acabado de ser assassinado, no início do mês (veja aqui). A reportagem do Cidade Alerta acusou a vítima de ser agiota, o que foi desmentido pela própria filha do assassinado, ao vivo.
A jovem falou ao vivo com a reportagem e, emocionada, pediu para que os jornalistas tivessem respeito. “Eu perdi meu pai hoje e eu não estou vendo um pingo de respeito aqui. Vocês falando que ele era agiota, como assim? De onde vocês tiraram isso?”, disse a mulher revoltada.
E-Cidadania
O portal E-Cidadania foi criado em 2012 pelo Senado Federal com o intuito de estimular e possibilitar maior participação dos cidadãos nas atividades legislativas, orçamentárias, de fiscalização e de representação do Senado. Dar a voz a população de forma mais eficaz.
Além de sugerir leis, o site também possibilita a participação em audiências públicas, sabatinas, dentre outros eventos abertos.
Na parte de consulta pública, o cidadão pode opinar sobre projetos de lei já existentes, propostas de emenda à Constituição, medidas provisórias e outras proposições em tramitação no Senado Federal.