Kalil confirma pré-candidatura e critica uso político da pandemia

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Prefeito também pontuou que ‘oportunidade’ de flexibilização não foi bem aproveitada pela população (Amanda Dias/BHAZ)

A poucos meses do período previsto para as eleições municipais, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) confirmou que é pré-candidato à reeleição para continuar liderando a administração pública de Belo Horizonte. Além da confirmação da pré-candidatura, feita entrevista à GloboNews neste domingo (28), o mandatário também comentou o retorno da flexibilização do comércio à estaca zero e criticou as figuras públicas que usam a pandemia para benefício político.

Durante o debate com prefeitos de outras capitais do país, Kalil comentou a possibilidade de adiamento das eleições para o dia 15 de novembro – medida que vem sendo discutida no Legislativo – e anunciou que vai concorrer. “Como candidato a reeleição, vou, por coerência, aceitar tranquilamente [a decisão do adiamento], desde que seja um ato científico”, disse, reforçando a importância de se recorrer à ciência para definir medidas durante a pandemia.

Apesar de mencionar que vai concorrer à reeleição, Kalil não se estendeu no assunto e criticou os políticos que, segundo ele, se aproveitam das oportunidades geradas pela pandemia para benefício próprio: “Além do vírus, nós temos os políticos que são os parasitas do vírus. Estão fazendo política sobre cadáveres”.

Oportunidade perdida

Durante a entrevista, o prefeito também comentou a decisão de retornar a flexibilização do comércio na capital à estaca zero a partir de hoje (veja detalhes aqui). Segundo ele, a flexibilização foi muito discutida e só aconteceu quando os profissionais responsáveis avaliaram que seria viável. “Não adianta você querer ‘sentar em cima’ do que o virologista quer. O virologista quer que todo mundo fique trancado em casa até que se distribua a vacina, então você tem que trazer pra mesa Secretário de Fazenda, Secretário de Planejamento… Tem que trazer toda uma equipe que debata o assunto com coerência”, pontuou.

Foi justamente com essa equipe que o prefeito considerou que seria possível implementar as primeiras etapas da flexibilização – que permitiram que mais de 90% da atividade comercial na capital funcionasse – há algumas semanas. “Com probabilidade estatística, com matemática, com ciência, com os virologistas, eles nos falaram: ‘Olha, nós temos uma oportunidade de tentar uma flexibilização controlada sem cair em colapso’. Ora, nós não podíamos perder uma oportunidade dessas”, explicou.

No entanto, na avaliação do prefeito, parte da população da capital não soube aproveitar essa oportunidade e, por isso, a flexibilização do comércio regrediu: “Nós tivemos uma oportunidade que foi mal aproveitada pela população, porque falamos que abrir não era passear e muita gente foi passear, muita gente anda sem máscara. Infelizmente acontece isso e aquele que tem responsabilidade, empatia, consciência paga o preço por essa minoria irresponsável”, finalizou.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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