Minas tem quase 48 mil casos de dengue em meio à pandemia de Covid-19

Minas tem 47.893 casos confirmados de dengue
A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, nessa quinta-feira (29), que o número de casos de dengue aumentou para 121.627 (Fiocruz/Divulgação)

Em meio à pandemia do novo coronavírus, Minas Gerais registra aumento nos casos de dengue e se aproxima da marca de 48 mil confirmações. Em Belo Horizonte, segundo dados da prefeitura, são quase 4 mil registros da doença. Especialista entrevistado pelo BHAZ recomenda que a população tome os devidos cuidados para evitar o mosquito Aedes aegypti.

Dados da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) indicam que houve um aumento de 4.964 casos de dengue em 11 dias. Com isso, os números passaram de 42.929 para 47.893 confirmações.

Em toda Minas Gerais, 8 pessoas morreram em decorrência da dengue. Apesar disso, a tendência é de que o número aumente, já que a pasta segue investigando 46 óbitos. As cidades com mortes são: Alfenas, Bom Despacho, Carneirinho, Guaxupé, Itinga, Medina, Raposos e Santa Luzia.

BH

Na capital mineira foram confirmados 3.981 casos de dengue, segundo o último boletim da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), de 18 de junho. A regional que concentra mais casos em 2020 é a Leste – 868. Veja abaixo os casos confirmados por região:

  • Barreiro – 595
  • Centro-Sul – 216
  • Leste – 868
  • Nordeste – 613
  • Noroeste – 336
  • Norte – 286
  • Oeste – 258
  • Pampulha – 272
  • Venda Nova – 532
  • Ignorado – 5

Belo Horizonte tem ainda 2.720 casos suspeitos e não registrou óbito.

‘Não podemos descuidar’

O médico infectologista Leandro Curi explica ao BHAZ que a população não pode esquecer as medidas de prevenção contra a dengue, pelo fato de estarmos na pandemia do novo coronavírus.

“A gente se desespera pelo Covid-19 e esquece que as demais doenças continuam. Pessoas continuam infartando, sofrendo acidentes e tendo dengue. Uma doença não invalida a outra”.

Apesar de estarmos no período de frio, os casos de dengue seguem aumentando pelo Estado, o que faz acender o alerta, conforme detalha Curi.

“Estamos no inverno, onde, normalmente, não temos tantos casos. Mas os números seguem aumentando. Significa que às vezes estamos cuidando muito de uma coisa e esquecendo de outras. Devemos evitar água parada e aproveitar para limpar os locais que os ovos do mosquito podem ficar – calhas, paredes de piscina, pneus, dentre outros”, diz.

Procurar ajuda médica é outra recomendação do infectologista. “Não negligencie a doença, procure auxílio médico, com toda a proteção que este momento nos exige. Vá de máscara”, conclui.

O boletim da SES-MG pode ser visto clicando aqui e o da PBH aqui.

Sintomas

Os sintomas da dengue clássica são febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos e manchas vermelhas no corpo.

Nos casos graves o doente também pode ter sangramento da mucosa (nariz, gengivas), dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diminuição repentina da temperatura ou hipotermia.

As formas de prevenção consistem em eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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