Minas supera mil mortes por Covid-19 e SES-MG admite que abertura influenciou

Minas mortes covid-19
Minas tem mais de mil mortes em decorrência da Covid-19 (Amanda Dias/BHAZ)

As mortes registradas em Minas Gerais em decorrência da Covid-19 chegaram a 1.007, segundo o boletim da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) desta quarta-feira (1º). O secretário de Saúde Carlos Eduardo Amaral admitiu que a reabertura do comércio no Estado pode ter influenciado no aumento dos casos e alertou para a chegada do pico da epidemia, previsto para o dia 15 de julho. Zema lamentou as mortes.

“Algumas regiões que tiveram uma abertura muito grande [do comércio] naturalmente podem, sim, ter tido uma aceleração dos casos. O que fizemos, enquanto governo do Estado, foi orientar a sociedade de forma muito clara o que era o distanciamento que achávamos adequado, através do programa Minas Consciente”, afirmou o secretário, em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira.

Governador lamenta

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lamentou a marca de 1.007 mortes causadas pela Covid-19 no Estado. No Twitter, publicou mensagem de solidariedade aos familiares das vítimas do novo coronavírus. “Não consigo imaginar a dor de quem perdeu um familiar ou amigo para essa doença, que é invisível e letal. Presto minha solidariedade e meus sentimentos a todos”, escreveu.

Mudança de postura

Na última sexta-feira (26), uma nova deliberação do Governo de Minas endureceu ainda mais as medidas relacionadas ao combate do novo coronavírus no Estado. As novas determinações aumentaram as normas de distanciamento e orientaram o trabalho remoto para pessoas do grupo de risco e com sintomas, mesmo que leve (leia aqui).

A região Norte e a região Central do Estado já haviam retrocedido nas medidas de flexibilização do isolamento social. A Central, que já estava na “Onda Branca” do programa, voltou para a “Onda Verde”. Já a Norte, que estava na “Onda Amarela”, voltou para a “Onda Branca” (leia aqui).

O governador Romeu Zema (Novo) admitiu, no dia 17 de junho, que o motivo para o retrocesso na flexibilização era o aumento de casos nas duas regiões. “Isto está ocorrendo em virtude do aumento de casos que ocorreram nessas duas regiões nos últimos dias. Houve uma aceleração, e com isso, nós temos de colocar o pé no freio. Não podemos estar brincando com o vírus”, afirmou.

Números

O número de óbitos divulgados nesta quarta-feira representa um crescimento de 45 óbitos em relação a ontem. O número de infectados chegou a 47.584, um aumento de 2.583 doentes em apenas um dia. Veja os números:

  • 47.584 casos confirmados (aumento de 5,7%)
  • 1007 mortes (aumento de 4,3%)
  • 18.665 casos em acompanhamento (aumento de 6%)
  • 27.912 casos recuperados (aumento de 5,5%)

O secretário Carlos Eduardo Amaral relacionou o aumento de casos de Covid-19 em junho a mais dois fatores: o aumento da testagem em Minas Gerais, por meio dos testes rápidos; e a mudança na metodologia do monitoramento da doença no Estado, que, segundo o secretário, causou um “aumento pontual” no número de casos.

Leitos em Minas

Zema, que também participou da entrevista de coletiva, atualizou os números relativos à disponibilidade de leitos no Estado. Segundo ele, Minas tem 3.234 leitos de UTI disponíveis, registrando um aumento de mais de 50% em relação a fevereiro, quando havia 1.070 leitos disponíveis.

“São 275 leitos na região Central, 70 no Vale do Aço, 55 no Triângulo Norte e 78 na região Centro-Sul de Minas Gerais. Também foram adquiridos 1.047 respiradores, dos quais praticamente metade já chegou e a distribuição está sendo feita de acordo com a necessidade de cada região”, pontuou o governador.

O governador, o secretário de Saúde e o secretário adjunto Luiz Marcelo Cabral Tavares lamentaram a marca de 1.000 mortos em Minas em decorrência da Covid-19. “Tudo que estava ao alcance do Estado foi feito. Espero que venhamos a passar esse mês de julho, que é o pico da pandemia, de forma adequada”, disse Romeu Zema.

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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