Desde que a pandemia do novo coronavírus foi decretada na capital mineira a GCM-BH (Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte) está nas ruas para fiscalizar os descumprimentos das ordens estabelecidas pelo município, inclusive pessoas que insistem em andar pelas ruas sem a proteção sobre o nariz e a boca. “Já é hora da pessoa que não usa máscara se sentir envergonhada”, diz o comandante da corporação.
Rodrigo Sérgio Prates está à frente da Guarda Municipal em BH e concedeu entrevista ao BHAZ nesta sexta-feira (3). Ele destacou o trabalho realizado pelos agentes em meio à pandemia. Já são mais de 100 dias ininterruptos.
“Nós que sempre trabalhamos para favorecer o convívio social, agora estamos pregando o isolamento. Tivemos uma inversão dos nossos valores. O principal desafio foi entender a nova lógica, mas o principal é preservar e salvar vidas, neste momento de pandemia”, diz.
À frente do comando da guarda, desde 2015, Prates tem observado que a população está mais consciente sobre as medidas que precisam ser respeitadas, como a abertura, somente, do comércio essencial na cidade.
“O nosso povo é ordeiro, disciplinado. Hoje os agentes não estão tendo dificuldades na abordagem com comerciantes, são bem recepcionados, raras vezes é preciso uma medida mais enérgica. As pessoas estão mais sensíveis a compreenderem o momento que passamos”, destaca o comandante Prates.
‘Gesto de solidariedade‘
Apesar do entendimento de alguns, ainda há aqueles que não respeitam o básico e continuam andando pelas ruas sem as máscaras. A pandemia do novo coronavírus convida a todos a seguirem a “disciplina consciente”, conforme detalha o responsável pela Guarda Municipal.
“A disciplina consciente é eu compreender que não há necessidade de que eu esteja sendo vigiado por alguém para eu tomar a atitude correta. Como Poder Público, a gente não vai conseguir alcançar os objetivos se a cidade não fizer sua parte. É um somatório de esforços para que tenhamos menos perdas de vidas e inclusive menos perdas econômicas”.
A necessidade do uso da máscara e o cumprimento das medidas sanitárias representa para Prates um “gesto de solidariedade”. “Vivemos o ‘novo normal’. Até termos a imunização, é seguir as regras de convivência. Já é hora da pessoa que não usa máscara se sentir envergonhada. É um ato desrespeitoso”, diz o comandante.
“A questão do uso da máscara tem que ser superada, mas ainda percebemos muitas pessoas sem a proteção. Estamos com uma ação firme de distribuição deste acessório. Usar a máscara é uma questão de sobrevivência social”, conclui.