A OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu interromper os testes com hidroxicloroquina e lopinavir, dois medicamentos que poderiam auxiliar no tratamento da Covid-19. A decisão surgiu depois que as drogas não apresentaram resultado para a redução da mortalidade de pacientes da doença.
O anúncio, publicado neste sábado (4), foi acompanhado da notícia de que foi atingido um novo recorde de casos do novo coronavírus registrados em 24 horas. Foram 212 mil novos casos, ainda liderados pelos EUA, com o Brasil em segundo lugar.
Com o avanço da pandemia, a decisão de interromper os testes com hidroxicloroquina se aplica somente aos casos de pacientes hospitalizados pela doença. Estudos da aplicação em outros casos, como o uso das drogas na pré ou pós-exposição ao vírus, ainda podem ser avaliados pela organização.
Os resultados dos estudos também não possuem nenhum evidência sólida de que os medicamentos aumentem a mortalidade dos pacientes de coronavírus. “Houveram, no entanto, alguns alertas de segurança associados nas descobertas clínicas. Estes serão reportados na publicação após a análise dos pares”, ressaltou a organização.
Bolsonaro defende
Apesar da decisão da OMS, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, continua a divulgar a hidroxicloroquina como um medicamento essencial no tratamento da Covid-19. Uma hora após a publicação da Organização, Bolsonaro compartilhou em seu Twitter, o vídeo de uma suposta profissional da saúde agradecendo ao presidente por ter enviado hidroxicloroquina para Porto Seguro, na Bahia.
“E a hidroxicloroquina chegou a Porto Seguro. Parabéns Dra. Raissa Soares”, escreveu o presidente na legenda.
– E a Hidroxicloroquina chegou a Porto Seguro/BA.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 4, 2020
– Parabéns Dra. Raissa Soares. pic.twitter.com/Kd0p5G8sKO