Antes de ter Covid-19, Bolsonaro dizia que máscara é ‘coisa de viado’

bolsonaro mascara
Presidente se recusava a usar a proteção quando recebia visitas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Durante a tarde desta quarta-feira (8), um dos principais assuntos comentados no Twitter foi a expressão “coisa de viado”. A frase homofóbica passou a repercutir após a coluna da jornalista Monica Bergamo, na Folha de São Paulo, revelar que essa seria a forma como o presidente da República, Jair Bolsonaro, tratava o uso de máscara. Na frente de algumas visitas, o chefe do Executivo se recusava a usar a proteção, antes de confirmar o diagnóstico positivo de Covid-19.

Ainda segundo o relato de pessoas que visitaram Bolsonaro à colunista, o presidente não respeitava as regras de distanciamento social e fazia questão de cumprimentar os visitantes com aperto de mão. “Ao perceber que o visitante estava tenso, segundo um deles relatou à coluna, dizia que aquele medo era besteira”, revelou a jornalista.

Sem levar a sério as medidas de prevenção, Bolsonaro brincava com funcionários, perguntando quem usava máscara e dizendo que aquilo era “coisa de viado”.

Repercussão e debate

Nas redes sociais, a frase teve uma repercussão negativa e a expressão homofóbica gerou revolta. “Coisa de viado é ser consciente! Coisa de viado é defender nossos direitos! Coisa de viado é não ficar calado diante de atrocidades, diante de um governo irresponsável!”, escreveu um usuário do Twitter.

A última atualização do Ministério da Saúde, publicada ontem, informa que o Brasil já registrou 66.741 mil mortes e 1.668.589 milhão de casos em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Foram 1.254 novas mortes e 45.305 novas pessoas infectadas registradas entre o boletim de domingo e o de ontem.

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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