O Facebook suspendeu, nessa quarta-feira (8), uma rede de contas na rede social vinculadas a assessores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a dois dos filhos dele. Segundo a empresa, a rede era usada para espalhar mensagens políticas de desinformação.
De acordo com a Reuters, o Facebook afirma que, apesar dos esforços para disfarçar quem estava por trás da atividade, os vínculos foram encontrados. As contas eram associadas às equipes de dois parlamentares, a dois assessores do mandatário, e a dois dos filhos do presidente – o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
O que diz o Facebook?
Nathaniel Gleicher, chefe da política de segurança cibernética do Facebook, disse à Reuters que as contas foram removidas por usarem perfis falsos e outros tipos de “comportamentos não-autêntico coordenados”, o que viola as regras da empresa.
Ainda assim, ele disse que não há evidências de que os próprios políticos tenham operado as contas. Segundo Gleicher, o que se pode afirmar é que funcionários desses gabinetes estão envolvidos nas plataformas do Facebook que se envolveram “nesse tipo de comportamento”.
O Palácio do Planalto foi questionado pela Reuters e não se pronunciou. O senador Flávio Bolsonaro disse, em nota, que o governo Bolsonaro foi eleito com forte apoio popular nas ruas e nas redes sociais e, por isso, é possível encontrar milhares de perfis de apoio.