Por Lilian Tahan,Priscila Borges e Gabriela Furquim
Na tentativa de salvar a vida do universitário de 22 anos picado por uma cobra Naja kaouthia na terça-feira (7), a família do jovem importou dos Estados Unidos doses de soro antiofídico. O medicamento deve chegar a Brasília nesta quinta (9). A busca pelo soro – tão raro no Brasil quanto a presença da serpente – mobilizou especialistas. As únicas doses disponíveis no país estavam no Instituto Butantan, em São Paulo. Os médicos enviaram ao Distrito Federal todo o estoque disponível.
No entanto, na avaliação de alguns especialistas, a quantidade não seria suficiente, o que levou familiares de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul a acionarem médicos americanos em busca do antídoto. O animal integra a lista das serpentes mais venenosas do mundo. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), não existe registro, nos últimos anos, da entrada legal de uma cobra dessa espécie no Distrito Federal.
O Metrópoles apurou que Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores. Nessa quarta-feira (8), ele começou a passar por processos de hemodiálise. Ocasionalmente, o veneno ofídico tende a prejudicar a função renal. O estudante apresentou melhora em seu quadro clínico, mas permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama.
Veja imagens da busca pela cobra: