Covid-19: Kalil e donos de bares e restaurantes retomam diálogo

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Diálogo entre Executivo municipal e Abrasel está retomado (Amanda Dias/BHAZ + Tomaz Silva/Agência Brasil)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) retomaram o diálogo em meio à pandemia do novo coronavírus. Mais de 5 mil estabelecimentos tiveram que encerrar as atividades de forma definitiva em BH e região metropolitana. O distanciamento aconteceu após a entidade entrar na Justiça pedindo a autorização para que os setores representados pudessem funcionar.

“Falei com o Kalil que a gente tem que alinhar o diagnóstico e fazer um pacto social para a retomada. O desafio é coletivo, não só do prefeito, mas de todos nós, empreendedores e consumidores. A proposta é fazermos planos para instruirmos a população”, disse, ao BHAZ, Paulo Solmucci, presidente nacional da Abrasel.

Solmucci se reuniu, nesta quinta-feira (9), com secretários de Kalil e avaliou o encontro como positivo. “Combinamos de sentar novamente para traçar o plano para bares e restaurantes. Estamos juntos nesta retomada, tomando as medidas adequadas e acima de tudo, orientando a população”.

Ajuda da população

Para que aconteça a flexibilização e consequentemente a reabertura dos bares, restaurantes e outros segmentos do comércio, Paulo acredita que será necessário o “engajamento da sociedade”.

“É impossível fazer retorno bem-sucedido sem forte engajamento da sociedade. Precisamos do comportamento solidário e cinco regras precisam ser cumpridas: não sair de casa se tiver com sintomas, usar máscara, cuidar da higiene das mãos, manter o afastamento e manter o afastamento de um metro em cadeiras ocupadas [nos bares]”, aponta.

‘Dias difíceis’

O avanço do novo coronavírus pela capital fará com que a cidade tenha “dias difíceis”, conforme diz Solmucci. “O vírus é um inimigo invisível e não tem jeito de fugir”.

Para tentar conter este avanço, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) estuda fechar supermercados, e outros tipos de comércios aos domingos. “Vamos fechar tudo aos domingos. Tudo não, porque não pode fechar hospital e farmácia”, disse Kalil, em entrevista ao jornal Hoje em Dia.

A capital mineira tem nesta quinta-feira (9), 9.978 casos confirmados de Covid-19 e 224 mortes. O número de recuperados chegou a 6.922 e 2.832 estão em acompanhamento.

Impactos da pandemia

Há mais de 100 dias sem funcionar o setor dos bares e restaurantes já contabiliza o número de comércios fechados devido à pandemia do novo coronavírus.

“Temos na região metropolitana de Belo Horizonte 5,5 mil bares e restaurantes que não reabrem mais. Até final de junho eram 40 mil pessoas dispensadas. Vamos fechar julho com o número chegando a 60 mil desempregados no setor”, diz Solmucci.

“É um catástrofe. BH é a cidade do mundo com mais dias de bares e restaurantes fechados. Tem muito empresário quebrado e muita gente ainda vai morrer [devido ao vírus”, conclui.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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