Empresário Ricardo Nunes, da Ricardo Eletro, é liberado pela justiça

De acordo com os advogados, Ricardo Nunes está colaborando com as investigações (Ricardo Eletro/YouTube + Reprodução/StreetView)

O empresário Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, empresa do ramo varejista, foi solto pela Justiça na tarde desta quinta-feira (9). Ricardo, que estava preso no Ceresp (Centro de Remanejamento de Presos) Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, foi liberado por colaborar “com o bom andamento das investigações”, segundo consta no alvará de soltura. O empresário disse que fará uma live nesta segunda-feira (13) para se explicar.

Pela manhã, o empresário prestou depoimento no MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), em Contagem, na região metropolitana da capital mineira. De acordo com O MPMG, a Ricardo Eletro cobrava o imposto dos consumidores, embutido no preço dos produtos, mas não fazia o repasse ao Estado. A prática também ocorria em outros locais do país.

Filha do empresário

Mais cedo, a Justiça já tinha revogado, a pedido do MPMG, a prisão de Laura Nunes, filha do empresário, e do superintendente da empresa, Pedro Daniel Magalhães (veja aqui).

Os três foram detidos, nessa quarta (8), em uma operação que investiga crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Ricardo foi preso em São Paulo e trazido para Minas na manhã de ontem (leia mais aqui).

A suspeita é a de que o trio, que fazia parte do quadro de sócios da empresa, desviaram cerca de R$ 400 milhões em impostos que deveriam ser repassados ao governo Estadual. O crime teria sido cometido por, ao menos, cinco anos.

“Direto com o Dono”

A operação “Direto com o Dono”, que é composta pelo MPMG, Secretaria de Estado de Fazenda e Polícia Civil, cumpriu três mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Inquéritos de Contagem. Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, São Paulo e Santo André, no interior de São Paulo.

Além dos mandados de prisão, a Justiça já determinou o sequestro de bens e imóveis do dono do negócio, avaliados em cerca de R$ 60 milhões. O objetivo é ressarcir o dano causado ao Estado de Minas Gerais.

Marcela Gonzaga[email protected]

Editora do BHAZ desde fevereiro de 2020. Jornalista graduada pela Newton Paiva. Trabalhou como produtora de TV e chefe de produção durante 14 anos, com passagens pela RecordTV, Rede Minas, RedeTV!, TV TRT-MG e TV TJMG.

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